Ecumenismo: Espirito de Taizé entusiasma jovens estrangeiras à missão em Portugal

Rita, Ina e Cecília vieram de vários pontos da Europa para formar uma fraternidade provisória na Paróquia do Bonfim

Cidade do Vaticano, 23 jan 2016 (Ecclesia) – Três jovens da Irlanda, Alemanha e Itália estão em missão pastoral e social na Paróquia do Bonfim, no Porto, integradas numa fraternidade provisória da Comunidade Ecuménica de Taizé em Portugal.

Em declarações à Rádio Vaticano, no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, Rita Cahill, natural da cidade de Kerry, na Irlanda, realça a importância da “abertura” aos outros, algo que aprendeu desde o primeiro contacto com Taizé, já lá vão 12 anos.

Proveniente de uma família tradicional católica, a jovem de 28 anos nem sempre esteve ligada à Igreja e foi na relação com a comunidade ecuménica francesa que “redescobriu a vocação”.

Na altura, “vivia e trabalhava na Nova Zelândia quando decidiu voltar ao seu país e depois fazer uma experiência de algumas semanas em Taizé”.

Hoje Rita vive em permanência em Taizé e foi dessa pequena localidade, a cerca de 360 quilómetros de Paris, que veio para passar um mês de serviço social e comunitário na Paróquia do Bonfim, no Porto.

“Os primeiros dias foram um pouco difíceis pois em Taizé tudo é mais fácil, aqui somos poucos a rezar, mas as pessoas são muito acolhedoras e tem sido muito bom”, realça a jovem.

Fundada em 1940 pelo irmão Roger Schutz (1915 – 2005), a Comunidade Ecuménica de Taizé tem como princípio orientador a reconciliação entre os povos e religiões, e começou por acolher perseguidos políticos, judeus e prisioneiros, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Hoje, os cerca de 100 monges que vivem em Taizé cumprem o seu carisma sobretudo através da promoção da unidade entre os cristãos, sobretudo junto das novas gerações.

Para Ina Lurweg, uma estudante de Teologia proveniente de Colónia, na Alemanha, Taizé simboliza abertura e acolhimento, uma sensação que também tem experimentado no Porto, no contacto com as pessoas.

“Os portugueses são muito abertos, embora cada um tenha a sua personalidade”, realça.

O dia-a-dia na Paróquia do Bonfim é preenchido com o trabalho pastoral e social com a comunidade local, a visita a pessoas mais isoladas ou em situação de sofrimento, momentos de oração comunitária e de encontro com jovens.

Cecilia Schenetti, que veio da cidade de Modena, na Itália, destaca o desafio que tem sido mobilizar as pessoas para a oração, sobretudo numa paróquia mais “envelhecida”, onde todos os dias acontecem “1 ou 2 funerais”.

“Às vezes ficamos sozinhas, e estivemos os primeiros dias a organizar as orações para ser um serviço”, confidencia a jovem de 21 anos, salientando no entanto que esta é a missão da sua fraternidade: levar Taizé à comunidade que te recebe.”

O projeto das fraternidades provisórias de Taizé nasceu em 2014 e cada grupo é constituído por 3 ou 4 jovens que, durante um mês, estão ao serviço de uma comunidade ou paróquia, em determinado país.

JCP

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