«Economia de Francisco»: Afonso Borga espera «uma lufada de ar fresco» (c/vídeo)

Jovem faz parte da delegação portuguesa que vai participar no encontro de Assis, de 26 a 28 de março

Lisboa, 18 fev 2020 (Ecclesia) – Afonso Borga, do Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), vai participar no encontro mundial ‘Economia de Francisco’ e afirma que a “expectativa passa por ser uma lufada de ar fresco” que possa entrar nas empresas.

“Um novo olhar, quase como se fosse uma agulha que vai inquietando a forma como hoje vivemos o trabalho e as empresas se organizam, e possamos despoletar este tipo de mudanças, em conjunto possamos ser catalisadores desta mudança”, disse à Agência ECCLESIA.

Afonso Borga faz parte da delegação portuguesa que vai participar no encontro ‘A economia de Francisco’, com outros jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo, de 26 a 28 de março, em Assis (Itália).

Segundo o jovem português, a expectativa das repercussões e consequências do encontro mundial no ambiente empresarial português e académico passa por ser “uma lufada de ar fresco que possa entrar nas empresas”, não só através dos representantes lusos, mas da “capacidade de propagação” que vão ter e que a ‘Economia de Francisco’ “no geral consiga ter junto de outras empresas”.

A 11 de maio de 2019, o Papa Francisco convocou o encontro sobre uma economia que “faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida a criação e não a despreza”.

“É pensarmos um novo paradigma da economia, não um paradigma que esteja essencialmente centrado no aspeto económico, não que não seja uma vertente importante da economia, mas também possamos olhar para a economia num sentido mais lato, mais global, que possa incluir todos e não deixe ninguém para trás, este repto do Papa Francisco”, desenvolveu.

Sobre o desafio do Papa em pensar a nova economia no seio das empresas, de poderem “extravasar este ponto da parte do lucro”, Afonso Borga exemplifica que hoje assiste-se, “até na nova geração que entra no mercado de trabalho”, a “outro tipo de exigências” como a conciliação entre vida profissional e vida pessoal, a forma como as empresas criam condições para que os seus colaboradores “possam exercer a sua atividade profissional”.

“Passamos uma boa parte do nosso dia no contexto de trabalho, esta ligação entre aquilo que é a vida pessoal e a nossa satisfação e o bem-estar pessoal tem de entrar no nosso trabalho também, não podem ser muito isolados”, acrescentou.

O Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial foi formado por um conjunto de empresas, maioritariamente multinacionais, a 25 de fevereiro de 2000, é uma associação que congrega 170 empresas e que as apoia “na área da responsabilidade social e na sustentabilidade”.

Segundo Afonso Borga, no GRACE têm “vários tipos de contributos” que podem dar às empresas, como o “voluntariado corporativo” onde os colaboradores dão “horas a alguma ação de voluntariado”, “benefícios sociais complementares”, o juntar várias empresas, “muitas vezes até são concorrentes no mercado de trabalho mas nesta ética da responsabilidade social” e tentam “chegar a respostas mais sustentáveis”.

Em Portugal, o encontro internacional em Assis está a ser preparado com várias sessões de estudo e reflexão que dão a conhecer a encíclica papal ‘Laudato Si’ e uma angariação de fundos para que todos os jovens possam participar.

A cada terça-feira, o programa Ecclesia, na RTP 2, está a apresentar testemunhos de jovens que vão participar no evento que se vai realizar de 26 a 28 de março, na cidade italiana onde nasceu o santo fundador do Franciscanismo.

PR/CB/OC

 

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