É urgente potenciar o «Bem Comum» na educação

Alerta Joaquim Azevedo na Semana Social 2009

Globalmente a educação e todo o investimento que se faz nesta área “é potencialmente promotor do bem comum” porque “liberta as pessoas e ajuda-as a crescer” – realçou à Agência ECCLESIA Joaquim Azevedo, Presidente do Centro Regional do Porto Universidade Católica Portuguesa. No entanto, “vivemos num contexto onde se valoriza muito pouco o trabalho das escolas e dos professores”.

O sistema educativo “não melhora enquanto a ênfase não seja colocada em cada escola para que esta melhore o sem desempenho”. Apoiar e incentivar são palavras de ordem, mas é preciso “dar uma volta à concepção das políticas educativas”.

Num grupo de trabalho da Semana Social 2009, a decorrer em Aveiro até Domingo (22 de Novembro), sobre «A dimensão religiosa na educação para o bem comum» Joaquim Azevedo sublinha que num contexto social “fortemente marcado pelo modelo do progresso económico e da competitividade, aliado a um forte consumismo, o modelo escolar industrial e culturalmente subjugado a esta lógica económica tem revelado as suas enormes fragilidades na educação dos cidadãos e da pessoa que em cada um mora”.

Actualmente vive-se “numa certa vertigem” e “somos engolidos pelo próprio tempo” – lamenta o presidente do Centro Regional do Porto Universidade Católica Portuguesa. Os espaços para o silêncio e para a reflexão “são escassos”. Para que este rumo seja alterado, Joaquim Azevedo alerta para a “valorização dos espaços de contemplação”. E avança: “isto é potenciador do Bem Comum”.

Nestes tempos de forte mudança e de acelerado movimento civilizacional, o orador alerta para a necessidade “de re-pensar e re-afirmar a catolicidade da escola católica, que parece esvair-se no cumprimento de normas alheias e no trato da sua subsistência organizacional” – finalizou.

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