É tempo de acordar para a promoção do bem comum

Pediu o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa na celebração de encerramento da Semana Social 2009

A Igreja deve renovar o seu compromisso “de mostrar que, sem um trabalho sério por parte de todos, o desenvolvimento nunca encontrará expressões de verdadeira dignidade para todas as pessoas” e “teremos que exercer uma atitude crítica e não ter medo de exercer pressão para que as diversas instâncias o respeitem e promovam” – afirmou D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, na homilia de encerramento da Semana Social 2009.

Ontem, na Sé de Aveiro, D. Jorge Ortiga frisou que são muitas as exigências do mesmo bem comum “que a Igreja não pode ignorar”. “O empenho na paz, a organização dos poderes do Estado, uma sólida ordem jurídica, a protecção do ambiente, a prestação dos serviços essenciais às pessoas, alguns dos quais são, ao mesmo tempo, direitos do homem: alimentação, habitação, trabalho, educação e acesso à cultura, saúde, transportes, livre circulação das informações e tutela da liberdade religiosa” não podem ser afastadas “da agenda do agir do cristão e das diversas instâncias eclesiais” – disse.

Ao longo de três dias – 20 a 22 deste mês – a «construção do Bem Comum» esteve no centro do debate da Semana Social. Se o bem comum orienta o agir das pessoas e das associações, “a Igreja e os cristãos comprometem-se com ele para que o seu agir se torne sinal interpelativo”. “Não basta exigir do Estado uma lei que reconheça que ao lado do bem individual deve estar o bem comum, como «o bem daquele, nós – todos»”.

Hoje, “mais do que nunca”, o cristão é chamado “a «incidir na polis», mostrando uma preocupação em dar resposta às necessidades reais de todos os cidadãos” – realçou o arcebispo de Braga. E finaliza: “É tempo de acordar para a luta e promoção do Bem Comum”.

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