A diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja defendeu tese de doutoramento sobre escultor do século XVIII e a escola de escultura de Mafra.
Lisboa, 30 out 2013 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja defendeu a tese de doutoramento, na sala do Capelos, em Coimbra, na área da história da arte centrada em torno da figura do escultor romano, Alessandro Giusti.
O estudo científico, orientado por António Filipe Pimentel, pretende mostrar a importância “deste escultor do século XVIII e a escola de escultura de Mafra”, realçou à Agência ECCLESIA Sandra Costa Saldanha.
Este mestre italiano (1715-1799) veio para Portugal na época do rei D. João V e trouxe um “enorme desenvolvimento” para a arte portuguesa no seu tempo e anos seguintes.
A “criação de uma escola de escultura” e os primeiros sinais de um ensino académico e não oficinal, como eram as práticas em Portugal na altura, foram alguns contributos deixados por Alessandro Giusti.
Com o nascimento da escola de escultura surgiram “vários discípulos” e esta vai ter uma “grande relevância” porque “está na base na produção de escultura, na segunda metade do século XVIII, com Joaquim Machado Castro e outros”, frisou Sandra Costa Saldanha.
Esta escola nasce da necessidade “de substituir as telas dos altares da Basílica de Mafra” e Alessandro Giusti quando foi encarregue dessa tarefa “não tinha em Portugal” escultores que pudessem executar os trabalhos, sublinhou a diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja.
A escola onde passaram dezenas de alunos – “alguns deles foram os escultores da segunda metade do século XVIII” – foi também importante “na renovação dos programas iconográficos”, acentua.
O trabalho científico defendido, esta segunda-feira, por Sandra Costa Saldanha e aprovado com distinção e louvor desvenda também “algumas dezenas de nomes de artistas”, tanto para Lisboa como para outras áreas do país.
LFS