Domingo de Ramos: «A esperança é impossível de apagar-se», afirmou bispo do Porto

D. Manuel Linda assinalou que a Igreja e muitas pessoas de boa vontade «contribuem, decididamente, para a paz, a comunhão, o perdão, a defesa da vida e da dignidade humana»

Porto, 25 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Porto alertou para a “maldade de quem não conhece outra linguagem que não seja a do ódio e da violência”, a partir do Evangelho de Domingos de Ramos, afirmando que “a esperança é impossível de apagar-se”.

“[Esperança] Ela é virtude das mulheres e homens que fazem projetos e participam na Criação. Que sonham e plantam a novidade da graça. Ela é estímulo para meter mãos à obra e transformar os rastos de destruição em primavera de vida”, disse D. Manuel Linda, na homilia deste domingo, lê-se no jornal ‘Voz Portucalense’.

O bispo do Porto afirmou, na celebração que marcou o início da Semana Santa, que “a esperança é impossível de apagar-se”, e acrescentou que ela “é garante que da cruz ensanguentada surgirão raios de luz da ressurreição e vida nova”, que nenhum túmulo poderá encarcerar, “anima a fé nos tempos humanos e fortalece a caridade”.

D. Manuel Linda destacou que a “a esperança liga ao céu e motiva a avançar”, explicando aos presentes que a Igreja que são, amam e servem, “é uma Igreja que não desiste de anunciar o Evangelho e de querer mostrar Jesus Cristo ao mundo”.

“Construamos a esperança na oração. Ao elevarmos ao Pai os nossos hinos de louvor e os nossos pedidos, por todos intercedemos, louvando também aquelas e aqueles que, por causa do amor a Jesus e à sua Igreja, estão presentes e agem no meio de tantas dificuldades por esse mundo fora”, desenvolveu.

O bispo do Porto, a partir do Evangelho deste Domingo de Ramos, acrescentou que “há muitos Cireneus e muitas Verónicas por esses caminhos do mundo” e pediu que olhem à volta, “no vasto mundo e na diocese”.

“A Igreja e muitas pessoas de boa vontade contribuem, decididamente, para a paz, a comunhão, o perdão, a defesa da vida e da dignidade humana. E sempre que assim se faz, alivia-se o sofrimento e devolve-se ou alimenta-se a esperança”, exemplificou na sua homilia, divulga o jornal diocesano ‘Voz Portucalense’.

A Igreja Católica, com a celebração dos Ramos, este domingo, dia 24 de março, começou a viver a Semana Santa, a “Semana Maior” que conduz à Páscoa e começou com o relato da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

“Também nós sentimos vontade de nos colocarmos entre a multidão daquele tempo e gritarmos a plenos pulmão: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas Alturas!”, salientou o bispo diocesano, na Sé do Porto.

Foto Miguel Mesquita/Diocese do Porto

Segundo D. Manuel Linda, a leitura deste Evangelho faz com que o coração se sinta “pequeno e esmagado” perante a “maldade de quem não conhece outra linguagem que não seja a do ódio e da violência, o sofrimento atroz causado ao próximo e o sangue derramado”.

Na mensagem para a Quaresma 2024, os bispos do Porto – D. Manuel Linda, e seus bispos auxiliares, D. Vitorino Soares, D. Joaquim Dionísio e D. Roberto Mariz – incentivaram a diocese a aperceber-se mais das “tantas incertezas e receios” que afligem cada um e a sociedade em geral, e informaram que a renúncia quaresmal tem como destino apoiar a requalificação do Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição, o Seminário da Sé.

CB/PR

 

 

 

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Agência ECCLESIA

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