«Dois pesos e duas medidas» na fiscalização das instituições de solidariedade

O presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS-Braga) sustentou ontem que a fiscalização levada a cabo pelo Estado e autarquias tem “dois pesos e duas medidas”. Na sessão de abertura do I Encontro para a Qualidade, Antunes Lomba lamentou que «aqueles que têm obrigação legal para fiscalizar as instituições de solidariedade social excluam a qualidade quando se trata de concorrentes das IPSS». O Arcebispo de Braga, por seu lado, não deixou de realçar que «mais de 80 por cento das IPSS do distrito de Braga se encontram ligadas directa ou indirectamente à Igreja», e que, por isso, deveriam ter «os olhos postos no silêncio do amor e na exigência da caridade». Sem esquecer a temática do encontro, D. Jorge Ortiga afirmou que «de nada vale às IPSS utilizarem técnicas de vanguarda, se no seu seio não há amor, carinho e respeito». Apesar disso, o prelado sustentou que «a Igreja também deve trabalhar pela excelência, prestando serviços de qualidade». De seguida e tendo em conta o princípio da subsidariedade, o Arcebispo Primaz lembrou a amplitude do raio de acção da Igreja Católica em matéria social e referiu que «o Estado não pode nem deve fazer tudo», porque «não tem capacidade, nem deve tentar implementar uma filosofia estatizante».

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