Dioceses ordenam sacerdotes

Ano sacerdotal começa com 10 novos padres A Igreja portuguesa assistiu este fim-de-semana à ordenação de 10 sacerdotes. Os bispos das dioceses de Lisboa, Viseu, Guarda, Coimbra e Beja celebraram a ordenação de novos sacerdotes que estão agora ao serviço das Igrejas locais.

Uma ordenação em família. Foi assim que D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu ordenou três candidatos ao sacerdócio. Aos ordenados lembrou que abraçar a missão significa "ir ao encontro dos irmãos, de todos".

"Missão nunca significou ficar à espera", indicou, mas ao contrário, "e muito mais hoje", enfatizou o bispo, "significa ir, chamando e envolvendo leigos nas atitudes de participação e de corresponsabilidade e não de mera ajuda, procurando criar comunidades verdadeiramente missionárias e conscientes".

No dia em que a diocese de Viseu encerrava o Ano Paulino e celebrava o início do Ano sacerdotal, D. Ilídio pediu aos sacerdotes que "evitem activismos ou acções isoladas", mas que sejam "santos e felizes", para mostrar "com muita alegria, a beleza e a grandeza da nossa vocação".

Contra o isolamento, o bispo de Viseu afirmou que "nenhum sacerdote o é para si mesmo ou para interesse privado ou somente para alguns mais próximos".

"Somos para toda a Igreja e a nossa vocação, vida e missão interessam a toda a Igreja". O bispo pediu que as comunidades rezem e que se constituam grupos de "apoio, de oração e de cooperação com a missão". No início do Ano Sacerdotal, D. Ilídio apontou também o papel dos leigos, que "não são, apenas, chamados a descobrir Cristo no sacerdote mas a colaborar com ele, tornando mais eclesial e mais fiel a sua missão".

Beja lamenta poucas vocações

A diocese de Beja conta também com mais um sacerdote. Nuno Sousa junta-se ao clero diocesano, que segundo D. António Vitalino, para trabalhar numa diocese "vasta e dispersa" não pode ter "medo da solidão em que muitas vezes se vive". O bispo de Beja pediu sacerdotes "embebidos do amor a Cristo, nutridos pela Palavra de Deus e por todos os dons espirituais, muito especialmente a Eucaristia".

Segundo D. António Vitalino a diocese precisa de "mensageiros, testemunhas da fé, profundamente identificados com Cristo, o Evangelho, conhecedores da cultura e mentalidade do nosso povo e dotados de um forte espírito de missão".

Durante a ordenação, D. António Vitalino percebeu "alegria por esta ordenação" e o "desejo de que esta festa aconteça mais vezes". Alegria partilhada pelo bispo, "agradecido pelo dom dum novo sacerdote, mas também apreensivo com a falta de vocações". O seminário "oferece condições de acompanhamento e formação. Assim apareçam os candidatos".

Ano Sacerdotal: benção para toda a Igreja

Sobre a missão dos sacerdotes deteve-se D. Albino Cleto, bispo de Coimbra, na celebração de ordenação sacerdotal de João Paulo Fernandes e de Orlando Henriques como diácono. "Ser sacerdote é ser pastor e ser profeta", indicou o bispo de Coimbra sublinhando que nos dias de hoje "importa sermos anunciadores e pastores dedicados".

Na cerimónia que deu início ao Ano sacerdotal, D. Albino antecipou as "reflexões, os estudos sobre o sacerdócio, as análises sobre as causas da falta de vocações, em propostas sobre o perfil do sacerdote no mundo de hoje" que vão marcar o ano.

Mas entre as antecipações, o bispo de Coimbra quis alertar para "o perigo de se transformar o ano em jornada de elogios e exaltações dos padres, centrando neles todas as iniciativas e as orações".

D. Albino alertou também para o facto de o padre poder ficar fechado na "intimidade dos templos, levando a ocupar o seu tempo e a sua criatividade quase só nas acções sacramentais e litúrgicas, argumentando que é esse o seu ministério".

O bispo de Coimbra afirmou que "o padre é dado à Igreja porque a Igreja é enviada ao mundo". 

Mais do que "um ano de palavras e gestos", o bispo de Coimbra pediu que este Ano sacerdotal seja "bênção para a diocese e para toda a Igreja".

"A Diocese de Coimbra, que respira como as demais os ares de uma Europa descristianizada, é o horizonte em que decorre para nós o ano sacerdotal. Só aqueles que sentirem ao seu redor a urgência da evangelização, só esses viverão em profundidade o ano sacerdotal".

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