Diocese de Santarém em Assembleia

D. Manuel Pelino escreve à Diocese por ocasião do novo ano pastoral, marcado pela celebração do Ano Paulino Setembro é o mês de preparar o novo ano pastoral. Procuramos recomeçar com frescura, com renovado entusiasmo, com novidade. Colaboramos na obra do Senhor, alicerçados na fidelidade às suas palavras e na atenção aos desafios sempre novos de um mundo em mudança. Por isso, a actividade pastoral da Igreja prolonga uma tradição, ou seja, a missão que nos foi entregue pelo Senhor (tradição significa o que nos foi entregue) e, ao mesmo tempo, deve revestir sempre uma constante novidade. Para indicar o rumo e as prioridades da acção pastoral para a nossa diocese no próximo ano, escrevi, como nos anos anteriores, uma Carta Pastoral. Faz parte da minha missão de pastor: indicar o caminho, fazer propostas, na sequência de outras propostas e em resposta às circunstâncias actuais. Antes de agir precisamos de pensar e programar, como quem constrói uma casa, segundo nos ensina o evangelho. Assim, depois de ouvir os Conselhos Diocesanos, designadamente o Conselho Pastoral e respectivo Secretariado Permanente, redigi a Carta para este ano de 2008/2009 “Quem acredita nunca está só”, onde são determinados alguns passos para crescer na vida comunitária. Dirigida aos fiéis em geral, a Carta Pastoral destina-se, de modo especial, aos principais colaboradores nas várias áreas e serviços eclesiais. Tem em vista proporcionar critérios e modelos operativos de acção pastoral em ordem a alcançar unidade e articulação das várias células do organismo diocesano. Recomendo, pois, a todos os colaboradores a leitura deste documento e agradeço todo o empenho em levá-lo à prática. Este ano temos uma novidade para toda a Igreja universal: O ano de São Paulo, protótipo de convertido e de evangelizador. Ele fundou as primeiras comunidades cristãs em território pagão, ou seja, no mundo não judaico, e alicerçou-as na vida fraterna e na participação activa de todos os crentes. Ensina-nos, portanto, a cuidar da vida fraterna, a prestar atenção aos carismas de todos os fiéis e a actualizar a riqueza de ministérios e de funções na Igreja. São Paulo é conhecido sobretudo pelas suas viagens missionárias destinadas a levar a luz do evangelho a todos os povos, para que todos pudessem abrir os olhos e passar das trevas à luz, como acontecera com ele no caminho de Damasco. Com estas viagens nasceu a Igreja universal, aberta a todos os povos e nações. Na segunda viagem, em resposta a um sonho em que um macedónio, do outro lado do mar, (ou seja, da Europa) lhe pedia “vem e ajuda-nos”, Paulo veio evangelizar o continente europeu. Hoje precisamos de uma nova evangelização. Nesse sentido, pareceu-nos que um sinal e estímulo oportunos para a nova evangelização seria organizar uma viagem missionária de um Ícone de São Paulo por todas as comunidades cristãs da diocese. Iniciaremos no dia da Assembleia Diocesana, este ano a 4 de Outubro, e encerraremos com uma celebração festiva no largo da Sé a 28 de Junho. São Paulo viveu com intensidade e profundidade o evangelho. Nestes tempos de confusão e de indiferença convida-nos a descobrir a beleza e a solidez do cristianismo. O segredo da sua vida foi o encontro com o Senhor que transformou a sua vida e lhe deu um novo rumo e uma riqueza irradiante. Por isso, o Ano Paulino deve levar-nos à compreensão actualizada da Boa Nova que Paulo pregou e que chega até pelas suas cartas que ouvimos com tanta frequência na liturgia. Vamos, portanto, caminhar um ano com São Paulo, constituindo grupos paulinos de reflexão, promovendo encontros e iniciativas que permitam conhecer e seguir este grande evangelizador. O encontro com Cristo Ressuscitado, que iluminou e transformou a sua vida, torna-nos também novas criaturas capazes de viver, como ele, em alegria, em liberdade e em misericórdia. + Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém

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