Acaba de chegar às mãos do público o primeiro “Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal”, editado pela Gradiva, uma obra coordenada por José Eduardo Franco, José Augusto Mourão e Ana Cristina da Costa Gomes.
Resultado de dez anos de investigação, a obra reúne contributos de mais de 200 investigadores, consultores e coordenadores de diferentes formações científicas e filiações ideológicas, para além de congregar dezenas de instituições associadas, nas quais se inclui a Agência ECCLESIA.
Este Dicionário Enciclopédico apresenta-se como “uma obra que pretende ser de referência na área de estudos em que se insere”.
A obra elenca e sistematiza até à actualidade o conhecimento das diversas ordens com presença em Portugal: católicas, protestantes, hindus, budistas, esotéricas, maçónicas, templárias, honoríficas e profissionais.
Com o Alto Patrocínio da Presidência da República e promovido pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, o “Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal” pretende “marcar os estudos das ordens com o seu molde ousado, mas científico e rigoroso, em perspectiva ecuménica”.
“Centenas de instituições, umas mais conhecidas e outras praticamente incógnitas, encontram nesta obra um espaço de conhecimento que até hoje nunca tinha sido sistematizado deste modo e disponibilizado ao grande público”, pode ler-se na apresentação da obra.
Aquando do lançamento do projecto do Dicionário para discussão pública e recolha de sugestões, os seus responsáveis afirmavam partir do “princípio ecuménico-cultural de que também fora do campo religioso se construíram entidades agregadoras de vontades que apresentam um vincado e muito bem definido ideário a que subjaz um sentido ético”.
No que diz respeito à delimitação espacio-temporal, o objecto de trabalho compreende desde as origens da nacionalidade portuguesa até à actualidade, isto é, território português e territórios ultramarinos colonizados por Portugal.
O Dicionário reúne, por tudo isto, “um conhecimento actualizado e global da natureza e acção das ordens que marcaram e ainda marcam presença actuante no nosso país, sem deixar de as integrar nas redes internacionais de onde nasceram ou a que deram origem”.