Diálogo Inter-religioso: Vaticano assinalou o início do Ramadão

Cristãos e muçulmanos desafiados a «promover a fraternidade humana»

Papa Francisco no Museu Nacional Zayed, o Louvre de Abu Dhabi (fev 2019)

Cidade do Vaticano, 10 mai 2019 (Ecclesia) – O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso afirmou hoje numa mensagem publicada pelo início do mês do Ramadão que os cristãos e muçulmanos devem promover a “fraternidade humana”.

“Somos chamados a abrir-nos aos outros, conhecendo-os e reconhecendo-os como irmãos e irmãs. Desta forma, podemos derrubar muros erguidos pelo medo e pela ignorância e procurar construir pontes de amizade que sejam fundamentais para o bem de toda a humanidade”, lê-se no documento divulgado pela Santa Sé.

O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso assinala que, desta forma, cultiva-se “um novo modo de vida onde a violência é rejeitada e a pessoa humana respeitada” nas famílias e nas instituições políticas, civis e religiosas.

“Somos encorajados a continuar a cultura do diálogo como um meio de cooperação e como um método de crescer no conhecimento uns dos outros”, continua a mensagem assinada pelo secretário do organismo da Santa Sé.

Neste contexto, explica que para “respeitar a diversidade”, o diálogo deve “promover o direito de todas as pessoas à vida, à integridade física e às liberdades fundamentais”, e apresenta como exemplo a liberdade de consciência, de pensamento, de expressão e de religião.

“A liberdade de viver de acordo com as crenças nas esferas pública e privada. Deste modo, cristãos e muçulmanos – como irmãos e irmãs – podem trabalhar juntos para o bem comum”, escreveu D. Miguel Ángel Ayuso Guixot.

O responsável conclui desejando que “a mensagem de fraternidade” encontre “eco nos corações” de todos que têm posições de autoridade nas áreas da vida social e civil de toda a família humana e deseja um feliz ‘Id al-Fitr’ (festa conclusiva deste mês de jejum ritual).

O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso salienta que o mês do Ramadão, o nono mês do calendário islâmico, com o jejum, a oração e a esmola, para centenas de milhões de muçulmanos, é também um mês para “fortalecer os laços espirituais”.

O documento cita a Declaração de Abu Dhabi, assinada pelo Papa e grande imã de Al-Aazhar, a 4 de fevereiro em nos Emirados Árabes Unidos, e o discurso de Francisco na conferência internacional pela paz promovida pela Universidade de Al-Azhar, a 28 de abril de 2017.

CB/PR

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