Desporto: Promoção de «valores e ética» é legado tão importante quanto o dos títulos – Bruno de Carvalho

Semanário ECCLESIA apresenta caderno especial dedicado à prática desportiva como fator de crescimento pessoal e social

Lisboa, 08 jul 2016 (Ecclesia) – O presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, defende que a promoção de um desporto com “mais regras, valores e ética” é, a par da conquista dos títulos, o “maior e mais relevante legado” que um clube pode deixar às gerações futuras.

“São bandeiras como a verdade desportiva e a transparência que, quando colocadas em prática, possibilitam o aumento de assistências nos estádios e pavilhões e o incremento de uma nova geração de fãs apaixonados apenas pelo jogo em si”, escreve o dirigente, em texto publicado hoje na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.

A revista digital apresenta um caderno especial dedicado à prática desportiva como fator de crescimento pessoal e social.

Bruno de Carvalho sublinha a importância da “atuação e luta pelos valores, regras sociais e igualdade”, realçando a aposta do clube leonino em modalidades de desporto adaptado.

Jorge Pina, atleta paralímpico português, assina um texto sobre a sua experiência, valorizando “o respeito, a amizade, o fair play, a cooperação, a aceitação do resultado”.

“Sem este valor de ética, a vida não tem sentido e o desporto não teria qualquer valor. Tanto na vida como no desporto os resultados só têm significado se tivermos ética na obtenção dos mesmos”, escreve.

Em referência a vários casos de doping que têm manchado o mundo do desporto, Jorge Pina considera que “o consumo de substâncias ilícitas adultera os resultados e estes deixam de ter significado”.

Luís Sénica, selecionador nacional de Hóquei em Patins, aborda por sua vez a necessidade de olhar para a formação desportiva de um atleta como uma “atividade educativa”.

“Importa pois perceber que em qualquer treino ou competição, independentemente do escalão etário, a ética é ela mesmo parte integrante dessa atividade e só assim poderemos ecoar em consciência que a prática desportiva é educativa e promove desenvolvimento”, sustenta.

Já Joaquim Sousa Marques, presidente da Direção da Associação de Futebol de Setúbal, realça que os valores da ética desportiva devem estar “sempre presentes” e que o papel que os dirigentes desportivos desempenham na defesa de valores desta natureza é “fundamental”, não pactuando com “comportamentos que desvirtuem as boas práticas e a defesa do desporto”.

José Lima, responsável pelo Plano Nacional de Ética no Desporto, é o entrevistado desta edição do Semanário ECCLESIA.

O dossier encerra-se com a tradução integral da intervenção da Santa Sé na 32ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra (Suíça), no painel sobre o ‘Uso do Desporto e do Ideal Olímpico na promoção dos Direitos Humanos’.

OC

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