Porque é em criança que se começa a perceber os valores, as Obras Missionárias Pontifícias dinamizam o projecto Infância Missionária para fazer despertar nos mais jovens uma consciência missionária universal e levá-las a partilhar a fé e os meios materiais com as crianças de outras regiões e Igrejas mais pobres. Assim o dia 7 de Janeiro, o dia da Epifania do Senhor, é também a festa anual da Infância Missionária. Nascida inicialmente em França, esta iniciativa foi partilhada mundialmente em 1922 quando o Papa Pio XI a assumiu para toda a Igreja. “Crianças ajudam crianças” é uma forma de sensibilização das crianças e adolescentes para realidades diferentes da sua, “através de pequenas renúncias e oferecendo bens materiais aos que mais necessitam”, pode ler-se nos objectivos desta iniciativa. O Padre Manuel Durães, Director Nacional das OMP, sublinha a importância de todas as paróquias se dinamizarem em torno deste dia, pois esta iniciativa deve ser desenvolvida com a colaboração dos educadores: pais, sacerdotes, professores, catequistas, encarregados de grupos e movimentos enquanto responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da dimensão missionária de fé das crianças e adolescentes. “A data em si significa apenas um marco. Em Espanha por exemplo, esta iniciativa é celebrada no final do mês”, explica o Director à Agência ECCLESIA, sublinhando que o importante é ser dinamizado nas paróquia e que a mensagem chegue às crianças, contando para isso com o director diocesano que intercede pelas OMP junto da sua área de residência. A nível nacional as OMP disponibilizam quer on line, quer junto das dioceses material de apoio. O mealheiro missionário, os 10 mandamentos da criança missionária, um livro com propostas de oração, uma brochura de Santa Teresinha do menino Jesus são exemplos de material a que é possível ter acesso para despertar nas crianças o valor das missões. Na América Latina esta iniciativa conta com um grande dinamismo e importância, “na Alemanha as crianças participam de actividades com o objectivo de ajudar as missões”, exemplifica o Pe Manuel Durães para explicar que em Portugal a infância missionária, apesar de bem acolhida no geral, “há algumas dioceses onde precisa de ser mais dinamizada”.