Descoberta portuguesa poderá evitar práticas destrutivas de embriões e a clonagem

O biólogo português José Silva, do Instituto de Investigação de Células Estaminais, em Edimburgo, na Escócia, identificou um gene que reverte células adultas em estaminais. A descoberta poderá evitar práticas destrutivas de embriões e a clonagem. O jornal Público explica, na sua edição de hoje, que o gene que protagonizou uma experiência científica se chama Nanog, que quer dizer, em gaélico, “terra dos sempre jovens”. José Silva mostrou como este gene pode levar células adultas — que já se tornaram células da pele, por exemplo — a uma espécie de regresso ao passado celular, transformando-as em células estaminais embrionárias. Ao contrário das células adultas, que já se diferenciaram, as estaminais dos embriões têm a capacidade de originar todos os tipos de células de um organismo. Até agora, para obter células estaminais embrionárias era preciso criar e, depois destruir, embriões humanos com cinco a seis dias de desenvolvimento. O trabalho de José Silva, de 31 anos, é um passo importante para contornar os problemas éticos, pois conseguiu obter células estaminais embrionárias sem recurso à clonagem, nem à criação e destruição de embriões. Levou células estaminais adultas do cérebro e células já perfeitamente diferenciadas da pele e do timo — de ratinhos — a converterem-se em estaminais embrionárias, como demonstra hoje num artigo na edição on-line da revista Nature.

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