De Peniche para os migrantes

A congregação dos Missionários de S. Carlos Borromeu (Scalabrinianos) tem, desde ontem (15 de Julho), um novo sacerdote. Entrou no Seminário de Scalabrini (Amora) em 1997 e passados 10 anos, o P. Carlos Caetano foi ordenado presbítero, em Peniche (terra natal). Depois de dois anos a estudar em Lisboa, o neo-sacerdote foi para Itália completar os estudos. “Fiz uma mestrado em Teologia Pastoral da Mobilidade Humana que é o carisma da minha congregação” – disse ao ECCLESIA o Pe. Carlos Caetano. E acrescenta: “trabalhamos com os migrantes, refugiados, ciganos, turismo e todos os grupos ligados à mobilidade humana”. Ao rever o seu percurso vocacional, o novo sacerdote dos Scalabrinianos frisou que sempre se sentiu atraído por “este carisma” porque o pároco – apesar de não ser membro desta congregação – “sempre teve o coração pastoral scalabriniano” – afirmou. Ia visitar com frequência os emigrantes e “os filhos desta terra que estavam lá fora”. O facto destes missionários se dedicarem a este tipo de pastoral ajudou o seu crescimento vocacional. “O facto de termos a disponibilidade para o diálogo com outras culturas e sensibilidades religiosas acaba por nos dar um maior espiríto de tolerância e paciência” – declarou o Pe. Carlos Caetano. Neste século onde a mobilidade humana está na ordem do dia, o Pe. Carlos Caetano sente-se preparado para este desafio. “A mobilidade humana apresenta grandes desafios e ainda não temos um modelo pastoral que se possa aplicar a todas as realidades migratórias” – admitiu. E avança: “temos de ter uma certa agilidade e capacidade de adaptação para dar respostas válidas aos problemas e situações que vamos encontrando”. O sacerdote scalabriniano viveu o seu diaconado num país da América Latina. “Estive numa periferia de Bogotá (Capital da Colômbia)” por isso “sinto-me um privilegiado pela oportunidade”. A realidade encontrada na Colômbia “não tem termo de comparação com a realidade da Europa” – sublinhou. Em relação ao futuro, o novo sacerdote ainda não sabe para onde vai. “Deve ser para a Europa ou África”.

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