D. José Policarpo: Evangelizar é anunciar o amor

Eucaristia de encerramento do Congresso Missionário, no Santuário de Fátima Dez anos depois do Ano Missionário, no Ano do Espírito Santo, em 1998, teve lugar durante estes primeiros dias de Setembro de 2008, no Santuário de Fátima, o Congresso Missionário Nacional. Sob o lema “Portugal, vive a Missão, rasga horizontes”, esta iniciativa de formação, informação, celebração e partilha pretendeu fomentar e fortalecer a vivência da dimensão missionária da Igreja em Portugal e teve representadas todas as dioceses portuguesas, para além de algumas participações do estrangeiro, num total de 800 pessoas. Esta manhã, 7 de Setembro, no dia do encerramento, o Padre Tony Neves, Porta-voz do Congresso, em breves declarações à Sala de Imprensa do Santuário, teceu um balanço positivo desta acção, promovida em primeira instância pela Conferência Episcopal Portuguesa. O sacerdote destacou o elevado número de participantes e as três grandes novidades apresentadas em termos do programa do Congresso. Em primeiro lugar, e por a Igreja viver o Ano Paulino, foi exibido um filme sobre a vida e a missão do apóstolo missionário S. Paulo. Outro aspecto novo neste congresso foi o envolvimento de todas as dioceses em um workshop de partilha de experiências e, a terceira novidade foi a realização de um concerto jovem, por um grupo da Diocese de Aveiro, momento bastante participado, onde esteve em destaque a música de missão. “O Sábado (6 de Setembro) foi também muito importante, foi dedicado ao Dia do Leigo Voluntário Missionário. Realizou-se uma feira-exposição em que cerca de cinquenta entidades que enviam leigos para a missão se deram a conhecer e mostraram o seu trabalho. Realizou-se também uma Eucaristia de envio de leigos para a missão, onde foram acolhidos leigos de regresso de uma missão”, realçou o Padre Tony Neves. Já esta manhã, no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, D. José Policarpo presidiu à Eucaristia de Encerramento do Congresso Missionário Nacional. Sintetizando o verdadeiro sentir de todos aqueles que trabalham para a Igreja como missionários em Portugal e no mundo, o Cardeal Patriarca de Lisboa sublinhou que “evangelizar é anunciar o amor, com amor” e que Maria nos pode ajudar “a anunciar Cristo com amor”. “Toda a missão, na Igreja, se resume a isso: anunciar o amor infinito com que Deus ama todos os homens e que exprime, de forma total e radical, no Seu Filho Jesus Cristo e no amor com que nos amou, ao dar a vida por nós. A missão é o anúncio desse amor, procura levar todos os homens a sentirem-se amados: amados porque perdoados; amados porque convidados para novos horizontes de liberdade; amados porque sentiram um sentido novo na vida, um novo horizonte de esperança. Ao sentirem-se amados, os seus corações abrem-se para o amor a Deus e aos irmãos”, afirmou o Cardeal Patriarca de Lisboa que, no entanto, alerta que a “Igreja só pode anunciar o amor, amando e deixando-se amar”, levando aos homens “a força transformadora do amor de Jesus Cristo”. E este anúncio, continuou D. José Policarpo, deve ser vivido e concretizado em situações e com acções concretas, bastas vezes difíceis, em que se torna necessário que os evangelizadores sejam sentinelas, atentas ao que se passa. “Anunciar o amor a homens concretos, em situações concretas é também ter consciência das prisões que tolhem os corações impedidos de se abrirem ao amor. (…) Isto exige dos cristãos, na complexidade da sociedade contemporânea, a coerência com o Evangelho do amor. Por vezes o seu testemunho coerente, porventura silencioso, é essa denúncia do que aprisiona o homem, e a afirmação da verdadeira liberdade do coração. Não são só as pessoas individualmente, mas as sociedades, os grupos, as estruturas, que precisam de ser ajudadas a superar tudo o que aprisiona o homem e impede a harmonia e a felicidade. E essas sentinelas sempre alerta, sempre com amor e por amor, são tanto a Igreja no seu todo, como cada cristão, inserido na realidade concreta do mundo, mas coerente com a liberdade dos filhos de Deus”, disse D. José que entendeu também sublinhar a marca positiva de Portugal no que concerne à evangelização, país onde, afirmou, “o ardor missionário é a página mais gloriosa do Povo Português”. LeopolDina Reis Simões (Sala de Imprensa Santuário de Fátima)

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