D. Jorge Ortiga recebeu Bispo auxiliar de Cartum

D. Jorge Ortiga entende que «está na hora da Europa dar a África tudo o que possibilite um desenvolvimento integral », recordando o muito que os países europeus foram buscar ao continente africano. A afirmação foi feita ontem, pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), numa audiência privada concedida ao Bispo auxiliar de Cartum, D. Daniel Marko Kur Adwok, a respeito da Cimeira União Europeia/África, que reúne este fim-de-semana, em Lisboa. «A Europa deve reconhecer que, ao longo da história, trouxe muito de África», afirmou o Arcebispo Primaz e, por isso «há uma responsabilidade histórica da Europa para com África». Nesse sentido, este encontro dos líderes políticos em Lisboa «não se pode pautar nem reduzir a um liberalismo económico» havendo a necessidade de não esquecer a dignidade da pessoa humana. No encontro, D. Daniel manifestou a sua gratidão por tudo o que a Igreja em Portugal tem feito em prol das situações concretas e emergentes que afligem o Sudão. Nesse sentido, afirmou o Arcebispo, «podemos dizer que foi uma viagem de cortesia». Referindo-se concretamente à Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) e à Caritas Internationalis (CI), o prelado sudanês reconheceu a grande ajuda que tem sido a Igreja portuguesa para a resolução de inúmeros problemas, não só do Darfur mas de outras zonas do Sudão, também afectadas e imersas em miseráveis condições de vida. D. Daniel deu a conhecer, ainda, ao Arcebispo de Braga as dificuldades que a Igreja sudanesa sente “in loco” pelo claro favorecimento dado ao islamismo, da parte do Governo do Sudão. Sobre a Cimeira, que senta à mesma mesa os chefes políticos de 80 países da Europa e de África, os prelados reconheceram que «não basta olhar para o desenvolvimento económico», uma vez este «pode favorecer apenas uma minoria». «É necessário olhar as pessoas, e a sua dignidade», referiu o prelado bracarense.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top