D. Januário preocupado com pastoral das Forças Armadas

Há vazio de informação em matérias de primordial relevância O Bispo das Forças Armadas destacou, hoje, o papel do sacerdote, capelão militar, salientando que esta vocação é “uma existência feliz quando, no diálogo com a comunidade, no respeito dado e recebido, na intenção dos objectivos pastorais, porventura, na discordância alheia, prosseguimos o risco da doação, onde a alegria sepulta todos os infortúnios”. Na presença de todos os capelães da diocese, e de dois diáconos militares, D. Januário Torgal Ferreira ao celebrar na Igreja da Memória, em Lisboa, a Missa Crismal das Forças Armadas, recordou na missão do sacerdote, que por vocação não se pode dispensar “das carências alheias”, “a mundividência espiritual dos 47 capelães militares”, evocando, “particularmente, três que se encontram na Bósnia-Herzegovina, no Kosovo e no Afeganistão ao serviço de Operações Nacionais Destacadas. Recorrendo ao Magistério, o bispo das Forças Armadas referiu a “responsabilidade da Igreja se tornar actuante em domínios donde deve sempre brotar a clarividência da Paz, em detrimento dos impulsos bélicos”, sublinhando que “só após esgotados todos os recursos e observadas condições estritas, deve ser exercitado a ofensiva da defesa, em ordem a salvar os oprimidos e a restabelecer a justiça, base primacial de estabilidade”. Preocupado com “a construção de uma linha pastoral” no acompanhamento das Forças Armadas e de Segurança, o bispo considera que esta tem sido “mais árdua, dadas as condições sociológicas” da diocese. Como dificuldades na execução de uma pastoral aponta o culto eucarístico, salientando o facto de, os militares “na sua quase totalidade”, não se encontrarem, aos domingos, na sua unidade”, e “o facto das palestras de formação cívica terem desaparecido praticamente”. Para este prelado, a diminuição de efectivos e o horário laboral “torna mais difícil encontrar um espaço de tempo para objectivos que implicam perspectivas de cultura religiosa”, relevando, no entanto, que nas “«Missões de Paz», onde os militares beneficiam de muito mais tempo, essas experiências tornam-se mais fáceis de conseguir”. Neste sentido, aponta algumas prioridades para a construção dessa linha pastoral que passam pelo “convocar os crentes para constituírem uma comunidade orante”, e a criatividade e imaginação para novas iniciativas. O bispo acentua ainda a “função evangelizadora” do capelão” que deve estar disponível “para não fugir a questões e sempre aberto às verdadeiras razões do saber”. Esta “função evangelizadora é, segundo o prelado, “um desempenho cultural de maior responsabilidade com consequências na instauração de novas mentalidades e comportamentos, sem receio da análise de qualquer questão e sem preconceitos ao não aceitar soluções que chegam até nós com a auréola de conquistas de progresso”, disse. Mais informação para discussões importantes O Bispo das Forças Armadas está preocupado com a falta de informação e formação em matérias como a Procriação Medicamente Assistida (PMA) e outras de primordial relevância. D. Januário Torgal Ferreira lamenta “o vazio da informação e da formação em matérias da mais primordial relevância”, destacando como exemplo a dificuldade em discutir, “nos dias que passam, o sentido e as propostas da reprodução artificial e todas as outras questões que se prendem à questão da vida, se a maioria esmagadora das pessoas não domina tais matérias nem parece estar interessada!” Segundo o prelado das Forças Armadas e Segurança “hoje a “cultura de vida” chama a atenção para uma reflexão calma, e com fundamento científico, quer se trate dos actos de aborto ou de eutanásia, do desacompanhamento de crianças e idosos, das tensões aflitivas de famílias portuguesas sem condições sociais e económicas ou da procriação medicamente assistida, dando-nos todos nós conta do desconhecimento geral nestas e noutras matérias.” Notícias relacionadas • D. Januário Torgal Ferreira destaca importância dos capelães militares

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