D. Armindo Lopes Coelho: 50 anos de sacerdócio num mundo em mudança permanente

O Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, comemorou ontem as suas bodas de ouro sacerdotais e faz um balanço positivo destes 50 anos ligados à Igreja, vividos num mundo em constante mudança. “Ao completar cinquenta anos de vida sacerdotal não esqueço as próprias limitações, omissões, infidelidades e fraquezas, mas dou graças a Deus pelo dom da fidelidade essencial, assente e fundada na infinita paciência, bondade e misericórdia do Senhor; também me alegro de em 50 anos de ministério ter mantido a mais grata e total comunhão com a Igreja, em cada momento e em todas as circunstâncias”, referiu o prelado na homilia da celebração eucarística das ordenações gerais da diocese do Porto, na Sé Catedral. Nesta data, o Bispo do Porto recordou vários acontecimentos deste século e disse que gostaria de ver uma democracia mais “enraizada” e “perfeita”, criticando a “a quase psicose da economia, o fascínio da riqueza, a sede do consumo e a pessoa como menor valia”. As datas que D. Armindo Lopes Coelho optou por destacar foram o Concílio Ecuménico Vaticano II (1962 – 1965); o exílio de D. António Ferreira Gomes (1959 – 1969); a Revolução de 25 de Abril de 1974; a democracia em que desde então vivemos; o Grande Jubileu do Ano 2000; o fenómeno do terrorismo a partir de 2001 e a revisão da Concordata entre a Santa Sé e o Governo Português. Aos novos sacerdotes, o Bispo do Porto lembrou que “a obediência é condição de legitimidade do ministério sacerdotal, quer enquanto obediência apostólica (na Igreja como estrutura hierárquica), quer como experiência comunitária (inserida na unidade do presbitério), quer pelo seu Carácter de pastoralidade (de constante disponibilidade para servir e atender às necessidades do Povo de Deus)”. Em 2004 o prelado celebra 50 anos de ordenação sacerdotal e 25 de ordenação. Em Março, numa entrevista à Agência ECCLESIA, D. Armindo dizia que “nunca tentei adivinhar, prever ou sonhar. O tempo passa. Passou com naturalidade e eu fui sendo testemunha e agente daquilo que comigo acontecia”. A Igreja e a sociedade portuguesas juntaram-se a estas celebrações no dia 25 de Março, que o Bispo do Porto considera como “uma eloquente manifestação”. “Impressionou-me, como a toda a gente, o testemunho dado nas várias dimensões: a presença do Episcopado, do Clero, das Autoridades civis e do Povo. Não fui eu que convidei, mas de facto considero-me o mais impressionado e o mais grato”, recorda. Confira o Dossier da Agência ECCLESIA • D. Armindo Lopes Coelho

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