D. António Vitalino espera condições para convocar Sínodo Diocesano

Bispo de Beja admite dificuldades criadas pela falta de clero e o envelhecimento dos sacerdotes D. António Vitalino quer pôr Beja em movimento. A diocese não está parada mas o bispo diocesano gostaria de reunir todos os agentes pastorais numa reflexão sinodal. No entanto afirma que “ainda não temos condições para o realizar”. Há cinco anos que D. António Vitalino tem em mente um Sínodo diocesano. “Gostaria de o marcar para 2010 mas não sei se será possível”, assume à Agência ECCLESIA. Um clero escasso e envelhecido são factores a considerar pois “não posso exigir demasiado dos meus colaboradores mais directos”, explica. “Localmente caminha-se devagar, as pessoas entregam-se à rotina e esmorecem”, afirma o bispo de Beja indicando que gostaria de ver a participação de todos “com contributos para encontrar caminhos para uma nova evangelização na diocese”. O Sínodo faria notar à sociedade que a Igreja “está viva” e notar entre os cristãos que “eles não vivem para si mesmos, mas para a missão, espiritual mas também para a solidariedade que está muito presente na acção da Igreja”. No entanto, o bispo de Beja interroga-se se “os cristãos estarão abertos a participar no Sínodo”, daí ainda não o ter convocado. “Só o convocarei quando perceber que há uma grande percentagem de estruturas diocesanas e de colaboradores que estão dispostos a participar na vida da Igreja”. D. António Vitalino lamenta encontrar cristãos que “não estão entusiasmados com a vida da Igreja”. Família e São Paulo A diocese de Beja entra em 2008-2009 no seu terceiro ano dedicado à família. O dia em que é feito o lançamento do programa do ano pastoral é também dia de encontro de toda a diocese. “Este é um dia de festa para lembrar a todos que a diocese é una”. As paróquias, serviços e movimentos “têm o seu fundamento mas todos contribuem para a diocese”, lembra D. António Vitalino. Beja é um território vasto, mas o bispo diocesano aponta que as pessoas “participam com gosto”. D. António Vitalino aponta que “inclusivamente não temos estrutura para acolher tantas pessoas, preferindo que alguns representem a sua paróquia, abrindo depois espaço para todos no convívio e eucaristia”. Com o tema «Família«»D. António Vitalino quer sensibilizar as paróquias mas também apostar na criação de estruturas para apoiar as famílias. “São serviços e movimentos que já existem na Igreja. Não estamos a inventar, mas a adequar à nossa realidade”. O bispo diocesano aponta que o tema família é transversal a toda a pastoral. “Algumas paróquias e serviços trabalharam melhor e aproveitaram melhor os apoios da Igreja diocesana, outros vão «acordando». Esta é uma área em que se está em constante trabalho”. D. António Vitalino aponta como importante que “os párocos e os diocesanos entendam que a nossa missão dirige-se à família, com todos os meios que dispomos, para os ajudar a realizar a sua missão humana, social e como igreja doméstica”. O bispo aponta ainda a importância de ajudar as famílias a descobrir “a ajuda espiritual da Igreja”. Os diferentes serviços da paróquia – sacramentos, catequese, formação de adultos, festas – ajudam a enriquecer a família “do ponto de vista humano e cristão”. A introdução do Ano Paulino foi uma “mais-valia ao plano diocesano que já tínhamos”, indica o bispo de Beja. “Vamos ouvir São Paulo e preparar alguns momentos específicos para que o tenhamos como grande mestre que também ajuda a família”.

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