Cuba: Falta de farinha obriga a suspender a produção de hóstias

Alerta chega através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Foto: AIS

Havana, 15 nov 2022 (Ecclesia) – As Irmãs Carmelitas do Mosteiro de Santa Teresa e São José, em Havana, capital de Cuba, foram obrigadas a suspender a produção de hóstias devido à falta de farinha.

“Não há mais hóstias à venda” anunciam as carmelitas, refere um comunicado da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) enviado hoje à Agência ECCLESIA.

As carmelitas explicam que estiveram a trabalhar ainda “com a pouca farinha que restava, mas o que havia de reserva chegou ao fim”.

A situação “é grave para o normal funcionamento” da vida religiosa na ilha, destaca a fundação pontifícia.

“Sem farinha não há hóstias e sem hóstias não há comunhão”, colocando em risco as celebrações em todo o território, pois as Carmelitas Descalças têm “a responsabilidade de produzir e distribuir as hóstias eucarísticas para todas as dioceses locais”, precisa a AIS.

A nota divulgada pela fundação observa que a falta de farinha de trigo “é apenas um exemplo da escassez de bens de primeira necessidade que está a afetar a vida quotidiana de todos os cubanos”.

Há relatos de “falta de leite e carne, assim como, por exemplo, de combustíveis ou medicamentos”, mas também “há falta de liberdade”.

Eduardo Cardet, coordenador nacional do Movimento Cristão Libertação, citado pela ACIPrensa, descreve um país onde a população faz os possíveis por sobreviver, exigindo, por isso, uma mudança de regime.

“Ganha mais forma a cada dia a reivindicação legítima do povo cubano”, declara.

LFS/OC

 

 

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