Cristãos do Líbano pedem ajuda humanitária

O Bispo de Saida, principal cidade do sul do Líbano, lançou um apelo à ajuda humanitária, denunciando “a fome e um novo deslocamento em massa da população”. Em entrevista à edição francesa da “Família Cristã”, D. Elias Nassar afirma temer que a guerra “dure muito tempo, semanas ou meses”. “Todos os habitantes do sul enfrentam uma crise humanitária de grande envergadura”, assinala. Os bens de primeira necessidade, assegura D. Nassar, estarão esgotados antes do final do mês. A Cáritas do Líbano, que apresenta relatos do local através de um blogue, assegura que a situação não melhorou e que, pelo contrário, a ofensiva de Israel contra o Líbano tem levado a um “agravamento da crise humanitária”. As agências humanitárias da ONU afirmaram hoje, por seu lado, que não conseguem enviar material de ajuda para o Líbano nem levar pessoas gravemente doentes para os hospitais. “É extremamente frustrante estarmos às portas do Líbano, prontos para entrar com centenas de toneladas de material de ajuda, mas vermos que as portas continuam fechadas”, afirmou Jennifer Pagonis, porta-voz do ACNUR (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que os hospitais do sul do Líbano estão a ficar sem medicamentos nem combustível para os seus geradores, equipamentos que foram obrigados a utilizar desde que os bombardeamentos de Israel cortaram o fornecimento de energia eléctrica. D. Elias Nassar sublinha que, neste contexto, tem surgido uma onde de solidariedade entre libaneses, sejam eles cristãos maronitas ou xiitas. As críticas, essas, ficam para “Israel e o Hezbollah”. Também em Israel as instiuições cristãs têm desempenhado um papel importante. Em Nazaré, o Hospital do Ordem Hospitaleira – fundada por São João de Deus – acolheu e tratou de imediato várias crianças atingidas na chamada “quarta-feira negra”, da semana passada, quando três mísseis atingiram a mesquita de Bilal. As crianças, que se encontravam a brincar, foram tratadas de imediato, mas duas irmãs viriam a falecer. O ministério israelita da saúde elogiou a prontidão da intervenção do pessoal hospitalar.

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