Manuel Carvalho da Silva lamenta empobrecimento e sofrimento das populações
Lisboa, 02 mai 2012 (Ecclesia) – O antigo líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, considera que “nada justifica” que “em nome da falta de dinheiro” se queiram “eliminar direitos das pessoas” e provocar “empobrecimento e sofrimento”.
Numa entrevista publicada na mais recente edição do Semanário Agência ECCLESIA, o sindicalista realça que perante o atual cenário “ainda faz mais” sentido comemorar o Dia do Trabalhador (1 de maio) porque “o trabalho, enquanto atividade humana, é o elemento fundamental de integração e inclusão na sociedade, mas é também pelo trabalho que a afirmação do ser humano no seu pleno se obtém”.
Natural de Viatodos (Braga), Manuel Carvalho da Silva liderou durante mais de duas décadas a central sindical e sublinhou que o trabalho “está no centro para o combate à pobreza – que é primordial -, no combate às desigualdades e em tudo o que se possa discutir sobre o Estado social e no garante dos direitos sociais fundamentais”.
Ao olhar para a crise que já vigora há alguns anos, o sindicalista considera que se corre “o risco, em relação ao espaço em que vivemos (Portugal e União Europeia), de a situação se continuar a agravar” e acrescenta: “O problema não está apenas no aparecimento de soluções, mas no agravamento diário das condições”
Sem esquecer a formação católica e os contactos que mantém com organismos da Igreja, Manuel Carvalho da Silva, nascido a 2 de novembro de 1948, revela que a formação recebida na infância e juventude “tende com o caminhar da vida a reafirmar-se com alguma força”.
Defensor de pessoas que intervenham na sociedade, Manuel Carvalho da Silva afirma que o tempo atual é “de apelo forte ao pensamento e à ação”.
Ao falar do Observatório sobre a Crise e Alternativas, de que é um dos coordenadores, o responsável refere que este organismo pretende “dar contributos ao nível da gestação de alternativas” e “produzir relatórios e observações regulares”.
LFS