Crise: Rede Europeia exige estratégia nacional de erradicação da pobreza

EAPN Portugal apresentou apelo à presidente da Assembleia da República

Lisboa, 12 mar 2015 (Ecclesia) – A EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza apresentou hoje no Parlamento um compromisso no qual apela a uma “estratégia nacional de erradicação da pobreza”, em particular nas novas gerações.

Os responsáveis manifestaram à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a sua “preocupação com a atual situação do país, nomeadamente no que concerne ao retrocesso de direitos adquiridos” e “às implicações que este retrocesso terá nas novas gerações, constituindo uma forte ameaça aos Direitos Humanos fundamentais e à noção de Estado de Direito”.

A delegação que entregou o ‘compromisso’ incluía o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira, Eduardo Figueira, presidente da ANIMAR, e os professores Alfredo Bruto da Costa, Manuela Silva e Carlos Farinha Rodrigues.

“O grave problema da desigualdade, nas suas diversas formas (rendimento, riqueza, poder, etc.) em Portugal tem de merecer uma análise muito mais profunda do que tem merecido até agora”, refere o documento que chama, ainda a atenção para o facto de “a pobreza das crianças não é dissociável da pobreza em geral.

Este conjunto de preocupações levou a EAPN Portugal a criar e dinamizar um grupo de trabalho sobre o tema da pobreza e a exclusão social, que ao longo dos últimos meses realizou vários encontros com vista a refletir sobre o impacto da crise.

“A pobreza das crianças é fundamentalmente a pobreza das respetivas famílias. Não impede isto que se reconheça serem importantes, e até indispensáveis, no combate à pobreza medidas diretamente dirigidas às crianças”, assinala o texto, enviado à Agência ECCLESIA.

O documento realça o facto de a União Europeia ter previsto na sua programação (2014-2020) que pelo menos 20% do Fundo Social Europeu deve ser inteiramente dedicado ao combate à pobreza.

A EAPN sustenta que “o combate à pobreza e exclusão deverá situar-se no âmbito da presidência do Conselho de Ministros”, e contar com a participação de toda a sociedade “no desenho, implementação e avaliação das políticas e programas”.

OC

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