Credibilizar o voluntariado junto dos doentes

I Encontro Nacional de Voluntariado Pastoral em Saúde procura definir «carta de identidade» O voluntariado em saúde “não pode ser considerado como uma forma de passar o tempo ou um lugar onde podemos encontrar amigos para conviver” – referiu Susana Queiroga no I Encontro Nacional de Voluntariado Pastoral em Saúde. Esta iniciativa – decorre esta tarde (1 de Abril) na Aula Magna do Hospital de S. João no Porto – é subordinada ao tema «Para uma Carta de Identidade do Voluntariado Pastoral em Saúde». D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, falou sobre as «Coordenadas bíblicas para a Identidade do Voluntariado Pastoral» fundamentados em dois textos do Novo Testamento: Mt 25 e 1 Cor 13. “Sem amor a identidade não tem identidade” – disse. Numa época de “ausência de Deus” e “uma era de racionalidade”, o voluntariado apresenta uma “atitude altruísta perante o real, em que o indivíduo se compromete a assumir uma resposta concreta face a uma necessidade real” – sublinha Susana Queiroga. O Pe. Agostinho Leal situou a sua comunicação nos documentos de Bento XVI, especialmente, na encíclica «Spe Salvi». Apresentou o voluntariado cristão, citando o nº 38 da última encíclica: “A verdade e a justiça devem estar acima da minha comodidade e incolumidade física, senão a minha torna-se uma mentira”. Do voluntário requer-se “energia e vontade” – pediu D. António Couto aos presentes. Ao falar dos contributos para uma carta de identidade do voluntariado em saúde, Susana Queiroga referiu que este deve ter condições morais psíquicas e físicas, sendo “que estas últimas dependem, obviamente, só do serviço que o voluntário vai realizar”. Apesar do voluntariado ser visto, algumas vezes, pelas organizações como trabalho gratuito, a oradora pede um voluntariado “credível, avaliado e reconhecido”. “O amor assimétrico e desinteressado” é uma condição essencial para se ser voluntário – finaliza o bispo auxiliar de Braga.

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