José Parente diz que instituições sociais enfrentam dificuldades diárias na resposta à pandemia
Lisboa, 20 jan 2021 (Ecclesia) – O presidente da Federação Solicitude disse hoje à Agência ECCLESIA que os últimos meses têm sido “difíceis” porque a pandemia “apanhou as instituições no seu todo e as pessoas estão a ser atacadas de várias formas”.
“Sozinhos não somos capazes de resolver as coisas”, sublinhou José Parente, responsável pelo organismo que congrega Centros Sociais e Paroquiais e Outras Entidades Canónicas de Ação Sócio-Caritativa, Formação, Ensino e Saúde.
O entrevistado assinala que cada dia é uma “novidade”, porque as instituições “estão sempre a descobrir como enfrentar a situação”.
“Queremos ajudar e encontrar soluções, mas deparamo-nos a toda a hora com alguns obstáculos e barreiras, porque não sabemos qual a melhor forma de atuar, a toda a hora sai legislação em matéria de emergência”, acentuou o presidente da Solicitude, que tem 117 associados.
José Parente admite que as inquietações são frequentes, mas apesar das incertezas as instituições têm encontrado “soluções e respostas que ninguém imaginaria tempos atrás”.
“Infelizmente, as instituições têm-se fechado muito ao longo da história, mas a pandemia tem ajudado a perceber que é fundamental abertura ao outro”, acrescenta.
O responsável sustenta que os profissionais têm sido “excelentes”, mas alerta que as pessoas “estão esgotadíssimas” devido à situação que se vive no país e nas instituições.
O presidente da Federação Solicitude tem responsabilidades nos Centros Sociais e Paroquiais de Mafra e São João das Lampas e contou que, entre terça e quarta-feira, estas instituições receberam as vacinas contra aCovid-19.
“Interiormente, os idosos têm o desejo e ânsia de voltar a ter proximidade com a família e os amigos” e “a vacina é uma esperança”, apontou.
Os residentes nos lares e utentes dos centros de dia “não desistem e, muitas vezes, são eles que dão ânimo”.
Em relação ao ato eleitoral que ocorre este domingo e a participação dos utentes das instituições, José Parente refere que tem conhecimento de lares que “foram contactados presencialmente com as equipas que estão a recolher os votos” e outros “ainda não foram visitados por essas equipas”.
No lar de São João das Lampas, o responsável sabe que existem “muitos idosos que querem votar”, mas não tem ainda conhecimento de quando isso poderá acontecer.
LFS/OC