Celebração conta com a presença de líderes religiosos e políticos
Cidade do Vaticano, 20 out 2020 (Ecclesia) – O Papa vai participar hoje, a partir das 16h00 (menos uma em Lisboa) numa celebração ecuménica pela paz e em memória das vítimas da pandemia, marcada para Roma.
Francisco une-se a líderes religiosos e políticos, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (através de videomensagem), numa iniciativa promovida pela comunidade católica de Santo Egídio.
Depois de, a 3 de outubro, ter visitado Assis para a assinatura da sua nova encíclica, ‘Fratelli Tutti’, o Papa volta a sair do Vaticano esta tarde para marcar presença num encontro de oração pela paz intitulado “Ninguém se salva sozinho – Paz e Fraternidade”.
Na Basílica de Aracoeli o Papa Francisco e outros responsáveis cristãos vão rezar pela paz com o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, e representantes das igrejas ortodoxas e protestantes; os judeus farão as suas orações na Sinagoga; os muçulmanos nos Museus Capitolinos, juntamente com os participantes budistas e representantes das religiões orientais.
Uma hora depois, todas as confissões religiosas vão reunir-se na Praça do Município, Campidoglio, com a presença do presidente da República Italiana Sergio Mattarella, para o início da cerimónia pelas vítimas da Covid-19 e de vários discursos
O encontro da comunidade de Santo Egídio dá continuidade ao encontro inter-religioso pela paz promovido por São João Paulo II, na cidade italiana de Assis, em 1986.
Este ano, devido à pandemia, a celebração decorre em Roma, evocando as vítimas da pandemia e de conflitos armados, como acontece na Síria ou no enclave de Nagorno-Karabakh, disputado pela Arménia e Azerbaijão.
Além do Papa, vão participar neste evento o patriarca de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I; o rabino chefe da França, Haim Korsia; o secretário-geral do Comité Superior da Fraternidade Humana (Islão), Mohamed Abdelsalam Abdellatif; e o budista Shoten Minegishi.
Os participantes vão guardar um minuto de silêncio “pelas vítimas da pandemia e de todas as guerras”; após a leitura do Apelo pela Paz 2020, este será entregue por um grupo de crianças aos embaixadores e a representantes políticos.
No final, o Papa Francisco, juntamente com todos os líderes religiosos, acende uma vela pela paz.
OC