Covid-19: «Os profissionais que continuam a trabalhar são hoje o rosto de Deus» – D. Américo Aguiar

Bispo auxiliar de Lisboa manifestou proximidade e oração pelas vitimas portuguesas

Foto Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 21 mar 2020 (Ecclesia) – D. Américo Aguiar afirmou hoje que as equipas médicas e todos os profissionais que continuam a trabalhar são “o rosto de Deus”.

“Para os que duvidam onde encontrar o rosto de Deus, encontrem-no no rosto dos médicos, enfermeiros, nos que trabalham nos lares, nos profissionais de comunicação, é o rosto de Deus que temos junto de nós para ultrapassar estas dificuldades”, destacou o bispo auxiliar de Lisboa, durante a homilia da missa a que presidiu na capela da Rádio Renascença, em Lisboa.

D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, lembrou esta manhã as vítimas mortais que o Covid-19 já provocou em Portugal.

“Tivemos hoje informação que morreram 12 pessoas: lembramos as suas famílias, os seus conhecidos e suas comunidades com quem queremos estar em comunhão”, afirmou o bispo auxiliar no início da celebração

No início da celebração o bispo auxiliar quis assegurar a sua proximidade a todos quantos estão longe “preocupados com as suas famílias”.

“Estamos todos juntos e tomamos conta dos que estão mais sozinhos e estão longe das suas famílias”, sublinhou, lembrando ainda as comunidades de Felgueiras e Lousada, “também em especial Ovar”, mas também Bragança e Vila Real, Lamego, Coimbra, Lisboa e tantas outras.

Ao lembrar as palavras do Papa Francisco, esta manhã, na celebração da Casa de Santa Marta, D. Américo Aguiar quis lembrar “outras varadas”, as “janelas dos computadores” que agora “servem graúdos e miúdos”.

“Há tanta coisa boa a acontecer, (queria) felicitar anónimos que se multiplicam em inovação para que todos possamos viver com esperança”, sublinhou durante a homilia, saudando todos os que de forma inovadora “oferecem a todos e a cada um as possibilidades de participação”.

Neste dias de emergência nacional e isolamento social, “descobrimos sedes que não tínhamos imaginado: nestes dias de menos horários descobrimos o rosto dos outros”.

“Há quanto tempo não olhavam durante tanto tempo, o rosto dos filhos? Estamos habituados a sair cedo e levar para o infantário ou creche, ainda de pijama, e trazê-los para casa, já de pijama prontos para a cama. A mulher que mudou o cabelo, os filhos que cresceram tanto, e que à mesa partilharam as suas preocupações… Reaprendemos a estar em família, a dar tempo para reaprender o próprio Senhor, que nos espera à beira do poço para nos saciar a sede e a fome”, afirmou.

D. Américo Aguiar afirmou a certeza de “vencer” a situação de emergência: “Cada um em casa, parece violento, mas é necessário”.

“Queremos nestes dias e neste tempo, no coração e nas famílias, a oportunidade de encontro com o Senhor misericordioso, é ele que nos vai fazer passar esta provação maior”, sublinhou.

No final da Eucaristia D. Américo Aguiar convidou à participação no momento nacional de oração marcada para 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor, perante a pandemia do Covid-19.

“Todas as Dioceses estarão unidas na oração do Rosário pelas intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação dramática que estamos a passar devido ao coronavírus Covid-19”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA pelo Secretariado Geral do organismo católico.

Covid-19: Igreja Católica convoca momento nacional de oração

LS

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