Bispo do Porto escreve nota sobre a pastoral em tempo de pandemia
Porto, 11 Mai 2020 (ECCLESIA) – O bispo do Porto, D. Manuel Linda, escreveu uma nota sobre a pastoral em tempo de pandemia onde refere que a Igreja “quer ser parte da solução e jamais do problema” e “quer contribuir para que este mal passe o mais rapidamente possível”.
Na nota, com data de 09 de maio, D. Manuel Linda, sublinha que “até decisão em contrário”, aplicar-se-ão na Diocese do Porto “todas as orientações de 8 de maio de 2020, emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa”.
“Chama-se especial atenção à necessária constituição das «equipas de acolhimento» referidas nessas orientações e que estas devem “ser constituídas por pessoas respeitáveis da comunidade, afetuosas e sensatas”, realça a nota enviada à Agência ECCLESIA.
No documento destinado aos padres, diáconos e todos os fiéis da Diocese do Porto lê-se também que se aguardam “os prometidos cartazes da Direção-Geral da Saúde, específicos para os nossos centros de culto” e que atendendo “às dimensões” das igrejas daquela diocese “não será fácil estabelecer os critérios de quem, ao Domingo, pode participar na Eucaristia, observadas as distâncias”.
Perante este fato, compete ao pároco, com o Conselho Pastoral Paroquial, “estabelecer os critérios a adotar” e como se refere nas orientações da CEP, “nalguns casos, poderá ajudar o estabelecimento de dias semanais para determinados grupos etários ou situações específicas”.
As visitas pastorais, até ao final de agosto, “ficam suspensas” porque “não se podem realizar os atos que mais as caraterizam: reuniões por setores (catequese, jovens, famílias); visitas a doentes; contactos com as entidades e o mundo do trabalho; cumprimentos às coletividades e instituições assistenciais e grandes celebrações (Crismas, Santa Unção)”.
O Bispo do Porto apela “fortemente” também à “solidariedade cristã e mesmo à racionalidade humana”.
Ao fazer referência ao gasto de “largas somas de dinheiro” nas festas de verão, D. Manuel Linda lança o desafio de essa verba ser aplicada “em minorar os sofrimentos daqueles que, a nível da paróquia, vivem em condições de maior vulnerabilidade”.
LFS