Covid-19: «Faz guerra ao coronavírus com silêncio de quarentena e com gestos de partilha e solidariedade» – Bispo de Viseu

«Temos de multiplicar medidas de isolamento», afirma D. D. António Luciano numa mensagem intitulada «Defende-te do inimigo invisível» 

Viseu, 19 mar 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirmou que é necessário fazer guerra à pandemia do novo coronavírus multiplicando medidas de isolamento, gestos de paz e solidariedade, o silêncio de quarentena e a oração por quem cuida dos doentes e dos idosos.

“Faz guerra ao Coronavírus (Covid 19), o inimigo invisível de toda a humanidade, com gestos de paz, com palavras de oração, com silêncio de quarentena e com gestos de partilha e solidariedade para com todos, em especial os doentes”, refere D. António Luciano numa mensagem publicada hoje na página da internet da Diocese de Viseu.

“Temos de multiplicar medidas de isolamento, como meio de travar a propagação do Coronavírus”, insiste o bispo de Viseu num documento intitulado “Defende-te do inimigo invisível”.

D. António Luciano sublinha a importância da oração, pelos “doentes, infetados, famílias, os que estão suspeitos ou em quarentena”, lembrando sobretudo pelas “autoridades e por todos os que cuidam das pessoas doentes e dos idosos nos hospitais, nos lares, nas residências, os sem abrigo”

“Rezemos pelos que vivem sós e com medo, pelas famílias fechadas em casa com os seus filhos, pelos que não podem ir à escola e por todos os que têm de trabalhar para benefício de todos”, afirmou.

“Rezemos… Rezemos todos sem cessar, para que Deus nos livre de todo o mal. Desta pandemia, livrai-nos, Senhor. Livrai o nosso país, livrai a Europa e o mundo inteiro”, sublinhou.

O bispo de Viseu pediu aos sacerdotes para rezar por todos nas Eucaristias celebradas em privado e sugeriu para entrar em contacto com quem está só criando proximidade.

“Pelo telemóvel falemos com quem pudermos. Pela internet e outras tecnologias, dialoguemos, encorajemos, façamo-nos próximos. Criemos proximidade para que ninguém se sinta sozinho”, afirmou.

D. António Luciano propõe depois o adiamento dos sacramentos do Batismo e Matrimónio, caso seja possível, ou, se não for possível, “celebrem-se de modo digno e com simplicidade, para garantir o cumprimento da lei e a validade canónica, Só com a família e as pessoas necessárias”.

Em relação aos funerais, o bispo de Viseu pede para que se sigam as indicações de saúde e canónicas, com prudência, “consciência lúcida, preventivos, respeitando o isolamento social e o encerramento da urna”.

“As pessoas fiquem dispersas pelo lugar sagrado, animando-as na sua dor, na experiência da morte do seu ente querido e no luto vivido, animados na Esperança Pascal que nos é oferecida por Jesus Cristo Ressuscitado vencedor do pecado e da morte”, acrescentou.

“Que Deus nos ajude, conforte os doentes, dê o eterno descanso aos defuntos, fortaleça as famílias e a todos nos conceda um espírito de compaixão, de misericórdia, caridade, solidariedade e resiliência”, conclui D. António Luciano.

PR

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Agência ECCLESIA

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