Covid-19: Espiritanos estão em «alerta e sensibilizados» para ajudar sociedade no pós-pandemia

«Estamos a notar que muitos dos indicadores sociais neste momento estão no vermelho» – Padre Tony Neves

Bracelos, 25 jul 2021 (Ecclesia) – O coordenador do Gabinete de Justiça e Paz dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos) disse que estão “todos em alerta e sensibilizados” para ajudar a “resolver problemas” que a pandemia Covid-19 “em muitos casos não criou mas agravou”.

“O que estamos a notar é que muitos dos indicadores sociais neste momento estão no vermelho, o que quer dizer que as pessoas mais pobres e mais frágeis, aquelas que estão a ser as maiores vítimas da pandemia, estão numa situação mais precária, estão pior”, alertou o padre Tony Neves, em declarações à Agência ECCLESIA.

O sacerdote português, que participou no Conselho Provincial Alargado (CPA) dos Espiritanos em Portugal, no Centro Espírito Santo e Missão (CESM) – Seminário da Silva, em Barcelos, destacou que se sentem “chamados a intervir”, enquanto congregação religiosa que faz opção “pelos mais pobres”.

“No nosso capítulo ouvimos testemunhos de muito compromisso de quem está em Moçambique, em Angola, na Bolívia, no Paraguai num ataque inicial às consequências primárias que resultaram da falta de emprego e que levou muita gente a passar mal e inclusive a passar fome”, acrescentou.

Neste contexto, o coordenador mundial do Gabinete de Justiça e Paz dos Missionários do Espírito Santo assinala que “praticamente em todos os sítios” onde os missionários trabalham “há cozinhas que foram implementadas”, serviços prestados habitualmente pela Cáritas e pela ação social das comunidades e paroquias, que foram “redimensionados para responder a essa nova vaga de forme”, causada pela pandemia Covid-19.

“Em muitos países houve gente que perdeu o seu ganha-pão, que muitas vezes era um trabalhinho informal, um comercio à porta, ou trabalhavam na área da restauração ou no turismo. As pessoas passaram e passam fome, por isso, criaram-se muitas cozinhas solidárias, os nomes mudam, mas a realidade é a mesma, criaram-se condições para se combater a fome e estamos a falar deste ataque imediato”, desenvolveu o padre Tony Neves.

O responsável católico lembra que o Papa Francisco “tem repetido muito”, e também está “convencidíssimo” disso, que de uma pandemia “ninguém sai igual: Ou saímos melhores ou saímos piores”.

“Estamos todos alerta e sensibilizados para ajudar no pós-pandemia a resolver problemas que a pandemia, em muitos casos, não criou mas agravou, com as igrejas locais, instituições, governos locais”, assegurou o o coordenador mundial do Gabinete de Justiça e Paz dos missionários Espiritanos.

A Congregação dos Missionários do Espírito Santo em Portugal esteve reunida no seu Conselho Provincial Alargado, onde reelegeu o padre Pedro Fernandes como superior provincial, e refletiu sobre quatro grupos de trabalho: Identidade e Missão ad gentes; Juventude e Formação; Animação Missionária e Paróquias; Finanças e Justiça e Paz, entre 18 e 24 de julho.

Os Espiritanos foram fundados a 27 de maio de 1703, em França, por Poullart des Places, e chegaram a Portugal em 1867.

CB

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Agência ECCLESIA

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