Covid-19: Indicações da Associação dos Médicos Católicos para o regresso das celebrações comunitárias

Instituição ajudou clero do Patriarcado de Lisboa a preparar reabertura, com prudência e sem «alarmismo»

Lisboa, 30 mai 2020 (ECCLESIA) – A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) organizou um Webinar (videoconferência com intuito educacional) com os padres do Patriarcado de Lisboa, para debater o regresso das celebrações comunitárias, a partir de hoje.

José Diogo Ferreira Martins, vice-presidente da AMCP, disse à Agência ECCLESIA que esta iniciativa foi solicitada por D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, e que pretendeu “ajudar os sacerdotes no reinício das celebrações públicas da Eucaristia”, depois de mais de dois meses de suspensão por causa da pandemia de Covid-19.

A formação em formato online chegou “a mais padres”, mas os médicos católicos também forneceram os seus contactos pessoais e “alguns párocos têm ligado para esclarecer dúvidas concretas para ajudar neste desconfinamento”, frisou o médico.

A AMCP acompanha está “vontade de abrir” ao culto comunitário, por um lado “com prudência”, mas “sem alarmismos desnecessários”, até porque todos têm de se “habituar” a viver nesta nova realidade.

José Diogo Ferreira Martins  considera que as normas emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) são, nesta fase, “corretas”, até porque “não há muito para inventar”.

Enquanto médico, a ideia de proteger “os mais frágeis” é “muito cara” e os mais frágeis são “os chamados grupos de risco”.

Ao longo da quarentena, “a prudência foi bem usada pela Igreja” ao cancelar as celebrações, disse o vice-presidente da AMCP, para quem, nesta nova fase, “é possível fazer estas atividades de experiências públicas de celebração fé” com segurança.

Durante o estado de emergência, no entanto, os capelães hospitalares tiveram dificuldades em exercer o seu ministério e os médicos católicos estiveram em diálogo com as capelanias.

José Diogo Ferreira Martins fala de “histórias dramáticas” de pessoas em fim de vida, que necessitavam “de apoio espiritual e não o tiveram”.

HM/LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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