Pagamento de rendas, despesas com saúde e eletricidade são os principais pedidos de ajuda das famílias
Lisboa, 14 jan 2021 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa apoiou 8 mil pessoas em dificuldade, por causa da pandemia de Covid-19, entre abril e dezembro de 2020, informou hoje a organização católica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
As principais dificuldades das famílias referem-se ao “pagamento de rendas, despesas com saúde e eletricidade”.
O montante distribuído foi de 124 525,79 euros, resultantes da campanha “Inverter a Curva da Pobreza” e da Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, no último Natal.
“Devido à atual situação de pandemia, foram inúmeros os novos pedidos de apoio por parte das famílias ao longo de 2020”, indica a Cáritas.
A instituição apresenta-se como “a principal organização na resposta financeira a pedidos concretos, destacando-se o apoio ao pagamento de rendas de habitação (63%), despesas relacionadas com saúde (16%), e pagamento de despesas de eletricidade (10%)”.
A organização católica acrescenta que “o apoio através de bens essenciais, inclusive alimentos, continua a ser uma das formas de ajudar as famílias em situação de necessidade extrema”.
Cada Cáritas Diocesana pode complementar estes apoios através de vales que permitem às famílias, de forma autónoma, adquirir diretamente os produtos essenciais para a sua subsistência; em vales de bens essenciais, a Cáritas atribuiu um valor total de 82 510,00 euros.
Segundo a organização de solidariedade e ação humanitária, os pedidos de ajuda surgem essencialmente “devido à redução significativa de rendimentos pela perda de posto de trabalho, ou por rendimentos insuficientes, seja salário ou reforma”.
“A grande maioria dos apoios são concedidos a cidadãos portugueses, mas há também muitos migrantes a viver de forma direta os efeitos desta pandemia e que são apoiados”, acrescenta o comunicado.
Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, assinala que “o ano de 2020 foi desafiante, mas sabemos que também o ano de 2021 traz já consigo grandes ansiedades”.
“Para nós, Cáritas, o olhar sobre o futuro tem de ser de esperança porque acreditamos no nosso trabalho e estamos gratos a todos os que nos têm apoiado, nomeadamente, através das campanhas que temos lançados e que nos têm permitido dar resposta às muitas fragilidades que as famílias trazem”, acrescenta.
A Cáritas informa que se vai manter “aberta às pessoas e atenta às necessidades, mesmo em confinamento”, como aconteceu em março de 2020.
OC