Covid-19: Bispo do Funchal saúda início das celebrações comunitárias de forma «pacífica» e «serena»

Celebração das missas com presença dos fiéis foi retomada este sábado, dia 9

Foto Agência ECCLESIA / MC

Funchal, 11 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo do Funchal saudou hoje a serenidade e paz que acompanhou o início das celebrações comunitárias das missas na diocese, retomadas no último sábado e manifestou-se “agradavelmente surpreendido”.

“O processo foi muito sereno e pacífico, os sacerdotes estavam preparados. Parece que andámos a ensaiar durante várias semanas para ver como isto se ia desenrolar porque as coisas decorreram de forma absolutamente pacífica, disciplinada e esperemos que assim continuem”, afirmou D. Nuno Brás à Agência ECCLESIA.

As celebrações comunitárias das missas na diocese do Funchal, quer na ilha da Madeira como em Porto Santo, foram retomadas no passado sábado, uma decisão tomada em diálogo com o Governo Regional.

O bispo do Funchal dá conta que os sacerdotes foram “avisados” previamente das “das normas diocesanas”, tendo surgido depois as orientações “nacionais”, “muito coincidentes”, tendo por isso feito uma preparação do espaço previamente.

“A preparação dos templos, do espaço entre as pessoas…Os sacerdotes disseram-me que iam reservar os bancos das igrejas para a oração e não permitir que os fiéis passassem para além desses bancos para não haver o caminhar pela igreja, o tocar nas imagens dos santos para simplificar a vida de todos. Há o problema da desinfeção no início, o adquirir o desinfetante para o início e para o decorrer da celebração, claro que torna uma celebração um pouco mais problemática mas nada do outro mundo, as pessoas levaram máscaras e havia para quem não tivesse e foi tudo muito bem”, saúda.

O responsável admitindo que o número de participantes vá aumentado progressivamente uma vez que talvez as pessoas tivessem sido apanhadas de surpresa.

“Foi tornado público apenas na sexta-feira esta possibilidade, daí eventualmente que muitas das pessoas ainda não usufruíram desta possibilidade e de facto, também, algumas paróquias não abriram as suas portas. Espero que o façam agora nos próximos dias”, indica.

As paróquias irão retomar a celebração pública e também a abertura do horário das eucaristias, a horas determinadas de forma a permitir que as pessoas possam rezar.

Auscultando os diocesanos D. Nuno Brás foi ouvindo a alegria pelo regresso.

“As pessoas o que diziam era que tinham necessidade de participar, manifestaram a fome de eucaristia que sentem e vivem. Para um cristão, estar e participar na eucaristia, comungar não é algo acessório, é algo de essencial e foi isso que as pessoas manifestaram, o desejo de participar na celebração”, indica.

Sobre o aproximar das datas de festas religiosas, D. Nuno Brás remete para as normas já estabelecidas.

“A celebração religiosa está regulada e mantém-se com estas normas; a celebração profana que é importante das festas, faz parte da própria celebração cristã, vai ter de ser adiada para dias melhores, esperemos que não tardem muito”, afirma.

O bispo do Funchal afirma que a celebração do Natal é a que “enche a alma dos madeirenses” mas espera que até lá tudo se possa resolver.

“Vamos ter de ir tomando as decisões à medida que discernimos as possibilidades, com paciência e a esperança que dias melhores virão”, finalizou.

PR/LS

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