Costa do Marfim: Papa pede «reconciliação»

Bento XVI espera que os crimes cometidos após as presidenciais de 2010 sejam punidos

Cidade do Vaticano, 04 nov 201 (Ecclesia) – Bento XVI recebeu hoje no Vaticano o novo embaixador da Costa do Marfim, apelando à “reconciliação nacional” no país africano, criticando as “violações” dos direitos humanos após as presidenciais do final de 2010.

“A grave crise que a Costa do Marfim acaba de atravessar deu lugar, igualmente, a graves violações dos direitos do homem e a numerosas perdas de vidas humanas”, disse o Papa, aludindo aos confrontos entre os apoiantes do ex-presidente Laurent Gbagbo, em prisão domiciliária desde abril, e o novo líder marfinense, Alassane Ouattara, que terão provocado cerca de 3 mil mortos.

O discurso de Bento XVI deixou um encorajamento às autoridades do país africano para que promovam “todas as iniciativas que conduzam à paz e à justiça”, promovendo “uma reconciliação nacional e uma coesão social sólida e verdadeira”.

“Neste sentido, saúdo a criação da Comissão Diálogo-Verdade-Reconciliação. Que ela possa ser diligente nas suas atividades e trabalhar com toda a imparcialidade”, desejou.

O Papa confessou ter seguido com “grande preocupação” o “dramático desenrolar da crise pós-eleitoral” na Costa do Marfim, afirmando que agora “não é preciso ter medo de procurar a verdade sobre os crimes e sobre todos atentados cometidos contra os direitos das pessoas”.

“Gostaria de encorajar os responsáveis do vosso país a um compromisso resoluto na via de uma governação transparente e equitativa, saudando o código de boa conduta dos membros do Governo que foi adotado na primeira quinzena do último mês”, prosseguiu.

Bento XVI assinalou ainda que a Igreja “participa, com a sua especificidade, para o esforço de reconstrução” do país.

OC

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