Cooperadoras da Família em Assembleia Geral

O Instituto Secular das Cooperadores da Família avaliou os últimos seis anos e traçou prioridades. Crise familiar e vocacional no centro das atenções

Terminou a 31 de Maio a Assembleia Geral das Cooperadoras da Família, no dia em que este Instituto Secular fundado por Mons. Joaquim Alves Brás assinalou os setenta e seis anos. "Fermento de qualidade para evangelizar pela Família a humanidade" foi o lema escolhido para 2009-15. O objectivo abrange a identidade das consagradas seculares – testemunho cristão – e o carisma específico deste Instituto.

Além da actuação nas famílias, as delegadas avaliaram as actividades realizadas nos últimos seis anos nos domínios da Pastoral Vocacional, espiritualidade, relacionamento entre os membros do Instituto e Organismos que compõem a "Família Blasiana", e acção apostólica.

A Assembleia, que elegeu o Conselho Geral para o próximo sexénio, contou pela primeira vez com representantes da Obra de Santa Zita – igualmente iniciada por Mons. Alves Brás – e do Movimento por um Lar Cristão, na perspectiva de poderem ser organizadas actividades comuns a estes Movimentos e aos grupos agregados ao Instituto. De forma a examinar a fidelidade ao carisma do fundador, as cooperadoras convidaram Mons. Feytor Pinto, que conviveu, ainda como seminarista, com o fundador do Instituto.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Dulce Teixeira de Sousa, coordenadora do Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF), destacou, entre as actividades dos últimos anos, a comemoração dos 75 anos do Movimento, que ocorreu em 2008, ano que ficou igualmente marcado pela proclamação das virtudes heróicas do fundador e pela inauguração da Casa Museu Monsenhor Alves Brás, em Casegas, Covilhã. Sobre a acção pastoral, foi destacada a participação de duas mil pessoas na dinâmica da oferta diária da vida pela santificação das famílias, as visitas aos lares dos Oratórios da Sagrada Família, bem como a participação na campanha do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez. A responsável sublinhou ainda a abertura de dois centros de atendimento familiar, em Braga e Viseu, que se juntaram ao existente em Coimbra.

A crise económica, social e cultural, e as mudanças bruscas que ela tem fomentado na sociedade, com reflexos nas famílias, constituem motivos de preocupação para o Instituto, bem como a escassez de vocações e o aumento da faixa etária das cooperadoras: "Muitas vezes sentimos que não temos a capacidade que seria de esperar para dar resposta aos grandes problemas da família de hoje." Apesar de haver poucas vocações, Dulce de Sousa considera que o futuro das Cooperadoras da Família não está em risco, embora impeça a sua expansão.

Em termos de futuro, as cooperadoras sentiram a necessidade de dar respostas concretas à família na vertente económica, ética e cultural. Uma das prioridades consiste na preparação dos jovens para a escolha vocacional, especialmente no que se refere ao matrimónio, começando desde logo pela aplicação de uma pedagogia específica para os jardins-de-infância que são orientados pelo Instituto. As cooperadoras pretendem ainda abrir novos centros de atendimento familiar, tentando que a sua acção seja mais profunda e eficaz.

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