«Conversas na Ecclesia»: «Transformação sistémica», pedida por Francisco, «acontece quando se trabalha em conjunto» – (c/vídeo)

Teresa Paiva Couceiro elogia «capilaridade» da Igreja para processos de mudança

Lisboa, 07 jul 2021 (Ecclesia) – Teresa Paiva Couceiro, diretora executiva da Fundação Gonçalo da Silveira (FGS) afirmou a importância dos processos quando em causa está a “transformação social” e valoriza esta atitude no caminho que concretizou o ‘Eco Igrejas Portugal’.

“O processo implica tempo, disponibilidade, não podemos ter pressa, e além do diálogo. Se eu quiser algo para amanhã, faço sozinha; mas que impacto isso terá?” questiona à Agência ECCLESIA.

“O Papa Francisco pede uma transformação sistémica que implique as comunidades. Os sete setores que o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Integral identificou para a Plataforma Laudato Si, o sector económico, a escola e a universidade, o setor saúde, a economia, as famílias… estão orientados para uma construção, mas em conjunto”, acrescenta.

Nascida em 2004, a FGS é uma organização não-governamental para o desenvolvimento, fundada pela Província Portuguesa da Companhia de Jesus, que integra a Rede Cuidar da Casa Comum, uma rede de organizações e pessoas singulares que “procuram uma mudança e um compromisso da humanidade para a forma como se olha e se cuida do mundo”.

No passado dia 12 de junho a Redes assinou o ‘Eco Igrejas Portugal’, um memorando de entendimento foi assinado pelo COPIC, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a Aliança Evangélica, a ONG ‘A Rocha’ com o objetivo de promoção da ética da sustentabilidade, contida em princípios ecoteológicos, e a aplicação nas diferentes Igrejas e comunidades cristãs de indicadores de diagnóstico, educação e gestão ambiental, para uma melhoria contínua da sustentabilidade ecológica.

“A Professora Manuela Silva, que esteve na origem da Rede Cuidar da Casa Comum, tinha uma expressão que nunca mais esqueci: a «capilaridade» da Igreja, que chega enquanto diocese, paróquias, catequese, movimentos: tudo é um grupo de pessoas por onde a mensagem passa. A capilaridade concretiza-se porque se trabalha em conjunto”, valoriza.

A FGS valoriza os parceiros com que desenvolve projetos na área da cidadania global, do desenvolvimento, da ecologia integral e direito à educação de qualidade, contando como parceiros com Escolas e Comunidades educativas, Organizações da sociedade civil, Instituições do Ensino Superior, comunidades locais e Organizações governamentais.

“Todos os parceiros trazem alguma coisa para a discussão. Não escondemos que somos da Igreja católica, as pessoas sabem, conhecem-nos e reconhecem que não estamos a evangelizar, mas a construir algo em conjunto; Há valores e princípios nossos, mas que não chocam em nada porque se trata de direitos humanos, colocar a pessoa no centro da questão, o envolvimento e o respeito pela diversidade”, indica.

Teresa Paiva Couceiro assume as oportunidades que o encontro diverso provoca no trabalho.

As «Conversas na Ecclesia» desta semana, de segunda a sexta-feira, às 17h00 no site ECCLESIA e às 22h45 no programa de rádio da Antena 1, abordam o memorando ‘Eco Igrejas Portugal’ e os objetivos da Plataforma «Laudato Si», a partir da realidade da ONGD Fundação Gonçalo da Silveira.

LS

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