Conversas na Ecclesia: Do escutismo à missão em Moçambique

Joana Teixeira e Hugo Agostinho, namorados, assumiram projeto de serviço

Lisboa, 26 out 2021 (Ecclesia) – Joana Teixeira e Hugo Agostinho, casal de namorados do Patriarcado de Lisboa, estiveram em missão em Moçambique, através do Grupo Missão Mundo, das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, numa “dinâmica de serviço ao outro” que nasceu no movimento escutista.

“Tínhamos os dois individualmente muito presente que no centro da nossa vida faz sentido que esteja o serviço, servimos nos escuteiros diariamente nas nossas vidas, nas nossas comunidades, e entretanto à medida que a relação também foi avançando nos foi surgindo o bichinho de querer seguir um caminho mais além, “explicam os convidados da conversa desta terça-feira.

O jovem casal, ela enfermeira e ele gestor, integra o Grupo Missão Mundo, das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, e ali surgiu a oportunidade de ir para Moçambique.

“Estivemos seis meses em Moçambique, partimos dia 1 de maio 2019 em Missão, estivemos um mês em Maputo, num centro que acolhe pessoas com HIV, e depois tivemos o resto do tempo em Manjacaze, no projeto Mesa de São Nicolau”, afirma Joana Teixeira.

A jovem enfermeira destaca o “contraste” entre a realidade urbana e depois passar para a zona de Gaza onde há tantas necessidades que, inicialmente, ficaram “em choque” a pensar por onde poderiam começar.

“No primeiro dia estivemos ali perdidos, a pensar por onde é que nós vamos começar é porque o centro em Maputo já tinha alguma estrutura que nos permitiu trabalhar alguns valores mas na mesa de São Nicolau não existia”, refere Hugo Agostinho.

Joana Teixeira acrescenta que a mesa de São Nicolau é uma cantina que serve uma refeição por dia aos alunos da escola, “muitos deles caminham muitas horas para irem à escola” e têm de se alimentar.

“É um barracão onde duas mamãs servem as refeições e ali ficámos um bocadinho com eles a pensar como é que podíamos melhorar ali as condições de estrutura mesmo, percebemos que era necessário água potável e ajudámos a ter um furo de água”, recorda.

A experiência de missão fez este jovem casal transformar a forma como olha a vida e “até como casal”, na nova missão que têm de preparação para o matrimónio.

SN

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