Comunhão de joelhos: Vaticano explica regresso de prática nas celebrações presididas pelo Papa

O responsável pelas celebrações litúrgicas de Bento XVI, D. Guido Marini, confirmou ao jornal do Vaticano que a prática de receber a comunhão de joelhos, das mãos do Papa, irá ser retomada, à imagem do que aconteceu na recente viagem às localidades italianas de Santa Maria di Leuca e Brindisi. Segundo o Arcebispo Marini, a intenção é recuperar “o sentido da devoção e do mistério”. “Pode ver-se, talvez, uma preferência por esta modalidade de distribuição que, sem tirar nada à outra, coloca em mais destaque a verdade da presença real na Eucaristia, ajuda à devoção dos fiéis, introduz com mais facilidade ao sentido do mistério”, refere ao jornal “L’Osservatore Romano”. À pergunta se Bento XVI iria continuar a distribuir a hóstia consagrada aos fiéis ajoelhados, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias responde “penso que sim”, lembrando que a prática de receber a comunhão na mão “resulta, do ponto de vista jurídico, de um indulto à lei universal, concedido pela Santa Sé às conferências episcopais que o tenham pedido”. Quanto à possibilidade de Bento XVI presidir a uma Missa em Latim segundo o missal de São Pio V, D. Marini não se pronunciou: “É uma pergunta a que não sei responder”. Este responsável nega que o Papa queira impor “modelos pré-conciliares”, frisando que “essa é uma linguagem já superada”, porque não existe “descontinuidade” no caminho da Igreja. “Nem tudo o que é novo é verdadeiro, da mesma forma que isso não acontece com tudo o que é antigo”, sublinha.

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