Coimbra: Vigário para a Pastoral defende uma nova «cultura de convite»

Padre Jorge Santos elogia visão de futuro, na diocese, com maior envolvimento das comunidades

Coimbra, 12 jul 2021 (Ecclesia) – O padre Jorge Santos, vigário episcopal para a Pastoral na Diocese de Coimbra, disse à Agência ECCLESIA que a Igreja Católica deve “lançar uma cultura de convite”, para responder às mudanças sociais e culturais.

“Na Igreja Católica, não estamos muito habituados a convidar pessoas para a fé. Vivíamos num país católico e partíamos do princípio de que toda a gente era católica e só tínhamos de dar testemunho pelas nossas obras”, assinalou o responsável.

O sacerdote foi entrevistado a respeito da sessão comemorativa que decorreu este sábado, para comemorar o 10.º aniversário da ordenação episcopal e entrada na Diocese de Coimbra de D. Virgílio Antunes.

Para o padre Jorge Santos, está em curso uma “grande transformação pastoral”, nesta diocese, com uma “visão de futuro” que está na base dos vários planos.

A mudança, precisa, parte de vários “eixos”, como a evangelização, a criação de comunidades abertas e a formação.

“Não podemos partir do princípio de que toda a gente já se encontrou com Cristo”, adverte o entrevistado.

O vigário episcopal para a Pastoral em Coimbra aponta a uma Igreja capaz de “transformar tudo”, como pede o Papa Francisco, em nome da “missão”.

Outros eixos centrais identificados pelo responsável são a importância da espiritualidade e a renovação da liturgia, bem como a “organização e liderança”, com novas unidades pastorais.

“Tem surgido na diocese um conjunto de líderes que têm ajudado a fazer essa mudança, essa transformação, a nível local”, aponta.

Neste contexto, o sacerdote destaca a criação das equipas de animação pastoral, promovendo o trabalho de conjunto entre sacerdotes e leigos.

“O padre sozinho não vai longe se não tiver um grupo de leigos a trabalhar com ele, mas não só a fazer o que ele lhes pede para fazer”, realça.

O padre Jorge Santos é conhecido pela sua ligação aos percursos Alpha e afirma que estes, tal como outras iniciativas e movimentos, “ajudam a pessoa a encontrar-se com Cristo”.

“Já faço o Alpha há 21 anos e fico sempre admirado com o que acontece na vida das pessoas e às vezes pessoas que andavam bastante distantes da fé”, relata.

Normalmente, o curso tem a duração de 10 semanas, a partir de um jantar-debate inicial, com um fim de semana de retiro pelo meio.

Segundo o padre Jorge Santos, as pessoas “apreciam o estilo” de abertura e a prioridade dada à “pertença”.

A Diocese de Coimbra vai estar no centro das emissões dos programas 70×7 (RTP2) e Ecclesia (Antena 1) do próximo domingo.

HM/OC

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