Coimbra, 24 jul 2020 (Ecclesia) – O Seminário Maior de Coimbra e o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE) celebraram um “protocolo de colaboração” na área da “conservação e restauro de peças de arte sacra” do património móvel integrado.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o CEARTE informa que o protocolo se destina a “restaurar diversas peças de arte sacra” património móvel integrado do Seminário Maior de Coimbra, por formandos do curso de Especialização Tecnológica de ‘Técnico Especialista de Conservação e Restauro de Madeira – Escultura e Talha’.
O Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património vai “assegurar a conservação e restauro” de seis peças de arte sacra do seminário da Diocese de Coimbra “respeitando a importância histórica, estética e física” de cada obra, numa perspetiva de “valorização deste património histórico e cultural, mantendo as características e particularidades de cada obra”.
Neste contexto, o centro de formação profissional vai fazer o “estudo histórico e técnico-artístico” de cada elemento, que passa por “um exame com lupa, uma observação com luz rasante, luz transmitida, luz ultravioleta”, depois “ensaios de laboratório, montagem estratigráfica, um exame histológico de madeira com identificação de alguns pigmentos e cargas”, e, por fim, a “intervenção de conservação”, em alguma peças de conservação e restauro.
O reitor do Seminário Maior da Diocese de Coimbra, padre Nuno Santos, e o diretor do CEARTE, Luís Rocha, consideram que a parceria é uma “mais-valia para as instituições, pela importância da conservação e restauro do património” do Seminário da Sagrada Família, que vai ser valorizado e possibilita aos formandos “intervirem com o devido rigor e acompanhamento técnico-científico”.
O Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património informa também que o curso de Especialização Tecnológica de ‘Técnico Especialista de Conservação e Restauro de Madeira – Escultura e Talha’ é desenvolvido em parceria do Instituto Politécnico de Tomar e o Departamento de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
O CEARTE destaca que o seminário tem “um vasto património artístico” com “inúmeras obras de arte esculpidas em madeira” e destaca o altar da capela de São Miguel, a igreja da Sagrada Família, a Biblioteca Velha, ou nos Aposentos Episcopais
O Seminário Maior da Diocese de Coimbra também está a realizar obras de recuperação e restauro no edifício histórico que completou 271 anos do lançamento da primeira pedra e 254 anos da sua abertura, em 2019, e é uma das “mais impressionantes presenças da arte italiana” do século XVIII em Portugal, junto ao jardim botânico de cidade Coimbra e está “em vias de Classificação como Monumento Nacional”.
CB
