Coimbra: Reflexão sobre oito séculos da presença franciscana sublinha atualidade deste carisma

Responsáveis referem ligação entre herança de São Francisco de Assis e construção de Portugal

Coimbra, 19 jun 2017 (Ecclesia) – Os membros da família franciscanas em Portugal iniciaram em Coimbra um ciclo de conferências sobre os 800 anos de presença em Portugal, sublinhando a atualidade desta espiritualidade própria, na Igreja Católica.

Frei Severino Centomo, franciscano, disse à Agência ECCLESIA que a iniciativa quis analisar a “raiz deste carisma”, que passa por ter a coragem de “largar tudo”.

“O Papa Francisco estimula-nos a regressar ao espírito verdadeiramente evangélico”, acrescentou.

As primeiras jornadas realizaram-se no Convento de São Francisco, a 16 e 17 de junho, com a presença de cerca de uma centena de participantes.

“Portugal na sua formação e no seu desenvolvimento avançou, a par e passo, com os Franciscanos”, recordou frei Severino Centomo.

A irmã Maria Celeste Lúcio, das Franciscanas Missionárias de Maria, declarou, por sua vez, que estas celebrações põem em relevo “toda a presença franciscana” em Portugal, que representa o “florescimento” deste carisma na Igreja Católica através dos séculos.

A religiosa quis sublinhar a importância da “unidade” entre os vários ramos da família franciscanas e de explicitar “uma força que tem 800 anos”.

“Para sermos missionários, hoje, temos de renovar constantemente o espírito franciscano”, com “simplicidade” e “proximidade”, precisou.

Este dinamismo gerou uma “multiplicidade” de congregações, incluindo quatro femininas que são de fundação de portuguesa, respondendo ao “momento histórico” que se estava a viver, realçou a irmã Maria Celeste Lúcio.

O bispo de Coimbra presidiu esta sexta-feira, na igreja de Santo António dos Olivais, nesta cidade, à Missa que assinalou oito séculos da presença franciscana em Portugal.

“Portugal não seria o mesmo sem este testemunho evangélico incarnado na vida de tantas pessoas e ao longo de tanto tempo”, sustentou D. Virgílio Antunes.

Para este responsável, o país tem uma matriz cristã, “em grande parte modelada pelo dinamismo franciscano”.

PR/OC

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