Coimbra: Projeto «CriArte» da Cáritas aposta na empregabilidade

Organização católica tem como público-alvo mulheres de etnia cigana

Coimbra, 09 mar 2016 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Coimbra apresentou o projeto ‘CriArte’ que vai apostar na “aquisição de competências de autonomia e empregabilidade” de pessoas residentes em bairros sociais e foi protocolado com empresas da cidade.

“Projetos como o ‘CriArte’ nascem de pequenos sonhos e tornam-se depois intervenções consequentes, graças à vontade conjugada da Cáritas e dos parceiros”, assinalou o presidente da Cáritas de Coimbra, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Na cerimónia de apresentação do ‘CriArte’, o padre Luís Costa referiu que este projeto nasceu das “necessidades sentidas no terreno” e, por isso, não poderá senão “ser assertivo”.

O projeto ‘CriArte’ aposta na “aquisição de competências de autonomia e empregabilidade” de pessoas residentes em bairros sociais, principalmente “mulheres de etnia cigana”, e “ativa” a corresponsabilidade social para com outras instituições e públicos “em desvantagem e sensibilizando para a produção solidária e circular”.

Neste contexto, o projeto vai criar uma “nova linha inovadora” de “produtos (têxteis) profissional e diferenciadora” e vai ser implementado no Centro Comunitário S. José, situado no Bairro da Rosa.

O presidente da Cáritas de Coimbra destacou ainda que, o braço caritativo da Igreja Católica disponibiliza “toda a mobilização de vontades e forças” para que a parceria possa ser “avaliada como muito proveitosa e o projeto como tendo muitos frutos”, no espaço de um ano, e com o envolvimento da comunidade cigana.

O projeto ‘CriArte’ foi protocolado na sequência do desafio da Cáritas Diocesana de Coimbra a outras entidades da cidade: CEARTE – Centro de Formação Profissional do Artesanato; APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra; FPCE-UC – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Na apresentação, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, António Ferreira reforçou a ideia de que desta parceria vai surgir o apoio na investigação: “Interessa-nos fazer investigação mas também estar no terreno com as populações, principalmente as que estão em situação de desvantagem.”

Por sua vez, o presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, António Silvestre, considerou que esta ligação pode potenciar também fatores de integração mútua com as pessoas de etnia cigana: “Haverá sempre algo a transportar entre ambos.”

Da parte do CEARTE, centro que “nasceu” da vontade da Cáritas e do IEFP, o diretor explicou que vai disponibilizar formação em três grandes áreas, “formação para utentes e equipa técnica, apoio à inovação e apoiar os que quiserem”.

“Não serão certamente grandes resultados estatísticos, mas antes pequenas mudanças efetivas na vida das pessoas”, observou ainda Luís Rocha.

CB/OC

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