Coimbra: «Festa das Famílias» reforça papel da fé no combate à crise

27ª edição do certame decorreu em Cantanhede e contou com a participação de mais de três mil pessoas

Cantanhede, Coimbra, 16 mai 2011 (Ecclesia) – A “vivência da identidade cristã”, enquanto forma de contrariar os tempos de crise que Portugal atravessa, foi matéria em destaque na 27ª Festa das Famílias, este fim de semana, na diocese de Coimbra.

O evento, realizado no Arciprestado de Cantanhede, teve como tema “De vizinho a irmão”, inspirando-se no n.º 19 da encíclica de Bento XVI “Caridade na Verdade”, onde o Papa reflete sobre uma “sociedade globalizada” que aproxima todos os homens mas “não os faz irmãos”.

“A fé é um último reduto ético, entre a memória e a tradição, é também ADN, se quiser, onde as pessoas vão recorrer, e a comunidade cristã um refúgio, onde cada um sabe que está acompanhado” considera o padre Luís Francisco, em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA.

O pároco de Cantanhede explica que durante o encontro da “família diocesana”, que contou com a participação de mais de três mil pessoas, foi também relevada a importância de “reforçar os laços de fraternidade” entre os homens.

“Não somos só gente que tem casa ao lado de outra casa, somos irmãos em Cristo, família de Deus, com capacidade de criar relações de proximidade e esta foi de facto a grande mensagem” realça o sacerdote, lembrando o lema conciliar da Igreja, em estar presente “nas alegrias e nas tristezas”.

E as “tristezas” das famílias do Arciprestado de Cantanhede, um pouco à imagem da diocese, estão nos “muitos pedidos de ajuda” que se têm registado, sobretudo ao nível dos bens essenciais, e nas dificuldades em assegurar verbas para a educação dos filhos.

JCP

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