Coimbra: Diocese reivindica medidas para contrariar «cenário depressivo» que envolve muitos casais

Apelo tem como pano de fundo o Dia Internacional das Famílias, iniciativa que Portugal vai assinalar esta terça-feira, com o patrocínio das Nações Unidas

Coimbra, 14 mai 2012 (Ecclesia) – O presidente do Secretariado da Pastoral Familiar da Diocese de Coimbra (SPFDC) defendeu hoje a necessidade de novas medidas sociais, políticas e fiscais para, em contexto de crise, assegurar o futuro das famílias portuguesas.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, no âmbito do Dia Internacional da Família, que se celebra esta terça-feira, Jorge Cotovio recorda o “cenário pessimista e depressivo” que envolve muitos maridos e mulheres, marcados pelo desemprego e trabalho precário.

“Mesmo que emigre toda a família, quantos escolhos não surgem nos primeiros tempos, que condicionam as relações entre os entes familiares?”, questiona aquele responsável, que acrescenta a este “quadro sombrio” a manutenção de “políticas públicas e fiscais nada favoráveis” à “célula base da sociedade”.

Neste particular, o presidente do SPFDC critica implicitamente a aprovação de normas favoráveis ao aborto e a promoção de “uma cultura de morte”, numa altura em que “a taxa de natalidade no país é reduzidíssima”.

Para dar um “presente e futuro diferentes” à “instituição familiar”, Jorge Cotovio propõe ao Governo que abra mais espaço ao “empreendedorismo” e à criação de emprego na sociedade civil.

Aponta também para a urgência de simplificar o acesso dos casais à habitação e privilegiar o incentivo à “maternidade”, sobretudo entre os agregados mais jovens.

A temática deste ano do Dia Mundial da Família, instituído pela Organização das Nações Unidas, coloca em destaque a importância de “assegurar o equilíbrio entre o trabalho e a família”.

O presidente do referido secretariado acredita que aquele objetivo poderá ser cumprido através de uma reeducação da sociedade, assente em valores como o “amor”, a “compreensão” e o “compromisso”.

“Nesta aldeia global onde Portugal pouco mais é do que ‘um jardim à beira mar plantado’, urge rever as relações entre as nações, reeducar (e acalmar) os mercados, reorganizar o tecido económico, valorizar o trabalho e os tempos de lazer, exaltar a pessoa humana, promover a vida em todas as circunstâncias, desde o nascimento até à morte natural”, conclui.

JCP

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