Coimbra: Bispo quer que sínodo seja «um modo de ser da comunidade diocesana»

«Que sejamos Igreja em caminho, que ora, anuncia e testemunha», são três atitudes propostas por D. Virgílio Antunes

Foto: Diocese de Coimbra

Coimbra, 18 out 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que o Sínodo dos Bispos 2021/2023 não é “apenas um momento de reflexão”, mas “um modo de ser” da comunidade diocesana, “de todas as suas estruturas e de todos os seus membros”.

“Não queremos que este sínodo seja apenas um momento de reflexão para oferecer algumas ideias à Igreja acerca da sua renovação e conversão. Queremos que seja um modo de ser da nossa comunidade diocesana, de todas as suas estruturas e de todos os seus membros, que aceitam pôr-se no caminho da comunhão, participação e missão”, disse D. Virgílio Antunes, este domingo, na Sé Velha de Coimbra.

Na homilia da Eucaristia de abertura diocesana do Sínodo dos Bispos 2021/2023, o bispo de Coimbra propôs “três atitudes” que hão de “incarnar nas comunidades”: ser “Igreja em caminho, que ora, anuncia e testemunha”.

D. Virgílio Antunes explica que a dimensão orante “é imprescindível” porque manifesta a “centralidade de Deus na vida”.

O bispo de Coimbra assinalou também que a Igreja sinodal é a que “anuncia enquanto caminha e caminha enquanto anuncia” o Evangelho da salvação para dentro de si mesma e para a humanidade não crente, “mas igualmente carente de Deus e do seu amor”.

“A Igreja sinodal é a que testemunha o seu amor a Deus e à humanidade enquanto peregrina em todos e cada um dos lugares por onde passa e onde se realiza. Este testemunho tem dois contornos que se deduzem dos textos bíblicos que escutámos: o serviço e a santidade”, desenvolveu.

Foto: Diocese de Coimbra

Segundo D. Virgílio Antunes, como pessoas e instituições eclesiais têm pela frente o “grande desafio” de desinstalarem-se, de prescindirem “livremente de inúmeras prisões que impedem de dar ao mundo sinais da salvação de Deus”.

“Abrem-se-nos, hoje, novas vias de anúncio do Evangelho de Jesus Cristo se estivermos fortalecidos pela fé, se progredirmos na unidade e na comunhão e se nos abrirmos à criatividade pastoral que continuamente se revela entre nós”, salientou D. Virgílio Antunes, na Sé Velha de Coimbra.

‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’ é o tema da assembleia sinodal convocada pelo Papa Francisco e que começou nas dioceses católicas, este domingo.

A 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos vai decorrer em outubro de 2023, e é precedida por um processo inédito de consulta, com assembleias diocesanas e continentais.

CB

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