«Precisamos de um novo entusiasmo», disse D. Virgílio Antunes
Coimbra, 08 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este domingo à Missa do Dia da Igreja Diocesana, com transmissão online, pedindo um maior entusiasmo na vivência da fé.
“Precisamos de um novo entusiasmo enquanto cristãos e que esse estado de espírito se repercuta por todas as comunidades, algumas delas muito debilitadas pelo envelhecimento humano, pela diminuição de população ou, pior ainda, pelo empobrecimento da fé e do sentido comunitário das suas vivências em Igreja”, disse D. Virgílio Antunes.
Na homilia da Missa a que presidiu na igreja de Santa Cruz, o bispo de Coimbra explicou que na história encontram muitos testemunhos “de docilidade ao Espírito de comunhão e de edificação de comunidades unidas e fraternas”, mas também conhecem “muitos litígios e divisões”.
“O mesmo poderíamos dizer da Igreja do tempo presente, o que constitui uma chaga no Corpo de Cristo e um pecado contra o mandamento do amor aos irmãos”, acrescentou.
Segundo D. Virgílio Antunes, “animados pelo Espírito” são construtores da Igreja comunhão que “deve resplandecer diante do mundo como luz, apesar de todas as fragilidades humanas”.
A nossa Diocese de Coimbra, em todo o seu presbitério, com os seus diáconos, consagrados e leigos, em todas e cada uma das suas comunidades, famílias e instituições, nega a sua identidade e põe em causa o seu testemunho se não vive esta comunhão fraterna”.
No domingo da Solenidade da Santíssima Trindade, o bispo de Coimbra assinalou que o apelo à evangelização “presente nas últimas recomendações de Jesus antes de subir ao Céu” e sempre presente nos planos diocesanos de pastoral “ganha novo sentido na celebração do Dia da Igreja Diocesana”.
“Não temos outro caminho para o fortalecimento da vida da diocese senão o do anúncio do Evangelho com o ardor e a alegria que temos inscritos em nós e sem os métodos propostos pelo magistério diocesano e universal da Igreja”, explicou.
O bispo de Coimbra recordou o contexto do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, visando a “continuidade do projeto salvífico de Deus, cheio do dinamismo da renovação, que o torna válido”.
D. Virgílio Antunes espera que o testemunho do santo franciscano português, “apaixonado pelo anúncio do Evangelho”, inspire e conduza a “percorrer caminhos difíceis, mas possíveis, quando alegres”, procurarem “a santidade” e se animarem uns aos outros.
Antes da Eucaristia, realizou-se a tertúlia ‘Igreja de Coimbra: chegou a hora!’, com Sílvia Monteiro (cardiologista), Ana Filipa Santos (arquiteta), Isabel Gaspar (diretora executiva nacional do Alpha) e o padre Rodolfo Leite (Unidade Pastoral da Mealhada), Na Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Cruz.
D. Virgílio Antunes, que encerrou a sessão, destacou três desafios: o “desafio da unidade e comunhão”; “o desafio de enfrentar realidade” que se vive e “formas adequados para realizar a missão da Igreja nomeadamente a evangelização”; e o desafio da comunicação.
CB/OC