Coimbra: Bispo apresenta figura da Rainha Santa como «inspiração» para compromisso social dos cristãos

D. Virgílio Antunes presidiu à procissão do regresso, que encerrou festividades de Santa Isabel

Coimbra, 09 jul 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse este domingo que a figura da rainha Santa Isabel deve servir de “inspiração” para o compromisso social dos cristãos na sociedade.

“Os cristãos de Coimbra hão de envolver-se nos areópagos da cultura, da política, da ação social, do desporto, para aí, como cristãos, darem o seu contributo em favor de uma humanidade mais feliz, alicerçada na força transformadora do Evangelho”, referiu D. Virgílio Antunes, na homilia da Missa a que presidiu na igreja de Santa Cruz, antes da procissão do regresso que encerrou as festividades da Rainha Santa.

O responsável sustentou a necessidade de deixar a “comodidade da fé privada, da fé da tradição ou dos momentos festivos da religiosidade popular” para passar a uma “fé comunitária, enraizada no Espírito de Deus, disponível para encarnar em todas as realidades a novidade do Evangelho”.

D. Virgílio Antunes quer que as paróquias de Coimbra criem “projetos de evangelização” que ajudem a passar de uma fé passiva a uma fé ativa.

“A Igreja de Coimbra é detentora de um potencial, de fé, de cultura e de espiritualidade ao qual não pode renunciar e que tem o dever de consciência de fazer crescer para pôr ao serviço de toda a comunidade”, sustentou.

Este domingo, depois da Missa das 16h00, a imagem da Rainha Santa Isabel regressou ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em procissão solene.

“Santa Isabel reúne na sua pessoa, nas suas opções de vida e na sua atitude, os mais elevados distintivos de todo o ser humano que, movido pela fé em Deus, trabalha pela justiça e pela paz, exercita a caridade como a maior de todas as virtudes e anuncia o Evangelho mais pelo testemunho do que pelas palavras”.

A Rainha Santa Isabel, cuja figura está associada a lenda da transformação do pão em rosas, viu Coimbra pela primeira vez em 1282.

D. Virgílio Antunes referiu-se ao “milagre das rosas” para sublinhar que “o amor transforma tudo”.

“Mesmo as cabeças mais duras e os corações mais obstinados se podem abrir aos gestos proféticos que dizem a grandeza de uma vida”, acrescentou.

Após apelar à participação o na Missa, na catequese paroquial ou nas aulas de EMRC, o bispo deixou votos de que estas festividades de Santa Isabel de Portugal sejam um “sinal” da decisão de “renovar” a fé e de “rejuvenescer” a Igreja de Coimbra.

OC

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