Coimbra: Associação de Defesa e Apoio da Vida apresenta tradução portuguesa do «Manual de Bioética para Jovens»

Com distribuição gratuita, a obra da fundação Jérôme Lejeune reflete sobre «as implicações éticas» de práticas como o aborto e a eutanásia

Lisboa, 03 out 2012 (Ecclesia) – A Associação de Defesa e Apoio da Vida (ADAV), em Coimbra, vai promover hoje a apresentação da tradução portuguesa do “Manual de Bioética para Jovens”, adaptada da obra original da fundação francesa Jérôme Lejeune.

“Aborto, procriação medicamente assistida e eutanásia” são algumas das matérias tratadas na obra, que questiona “até que ponto se pode ir no controlo da vida que começa ou acaba?”.

Com distribuição gratuita, não só para jovens como a pessoas de todas as idades, o manual procura “desmontar” o significado daquelas práticas e avaliar “as suas implicações éticas” no meio da sociedade, sublinhando que nem tudo “o que é legal é necessariamente justo”.

Pretende ainda ser “um meio para corrigir um ensino, muitas vezes desvirtuado nos manuais escolares”, onde “a procriação é ensinada quase exclusivamente através do prisma redutor do seu controlo, desumanizando os momentos mais íntimos da vida humana”.

Além de um “erro de perspetiva”, os livros de estudo revelam ainda uma imprecisão “científica”, já que “a gravidez é apresentada como se apenas tivesse início com a nidação no útero, isto é, ao sétimo dia”, aponta o manual.

A presidente da Fundação Jérôme Lejeune, Jean Marie Méné, que assina o prefácio da “versão revista e aumentada” do Manual, originalmente editado em 2006, critica a “transgressão ética” que tem marcado a vida humana, “tanto na prática como no direito”.

“A última lei de bioética votada em 2011 (em França) não teve, como de costume, outra consequência senão a de ratificar os desvios”, lamenta aquela responsável, num texto que toca também a realidade portuguesa.

“Em Portugal temos assistido também à aprovação de legislação – por exemplo, em matéria de aborto – em relação à qual é válida esta crítica”, pode ler-se.

Com 23 mil exemplares distribuídos em França, o “Manual de Bioética para Jovens” apresenta ainda a “legislação em vigor” para as várias práticas que mexem com o percurso natural da humanidade e coloca em confronto conceitos como “embrião” e “pessoa”, “procriação” e “manipulação”, “vida” e “sofrimento”.

Depois de passagens por Lisboa, Braga e Porto, a obra vai ser apresentada na Casa da Cultura, em Coimbra, a partir das 18h30, pela presidente da ADAV, Ana Maria Ramalheira, e por Henrique Vilaça Ramos, antigo responsável pela Associação dos Médicos Católicos Portugueses.

JCP

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