Coimbra: A «ressurreição é feita de pequenos sinais» – Reitor do Seminário Maior de Coimbra 

Padre Nuno Santos é dos 30 sacerdotes disponíveis para «ouvir, escutar, acolher e acompanhar» pelo telefone e pelas redes sociais no «Hospital de campanha Espiritual»

Coimbra, 14 abr 2020 (Ecclesia) – O reitor do Seminário Maior da Diocese de Coimbra afirma que “a ressurreição é feita de pequenos sinais” e o ‘Hospital de Campanha Espiritual’ “é um pequeno gesto, um pequeno sinal”, promotor de esperança na pandemia Covid-19.

“Procuramos cuidar dos que cuidam, os profissionais de saúde, as pessoas que lidam com idosos, com doentes, nos lares, nos centros sociais paroquiais, estruturas da Cáritas. Queremos disponibilizar um tempo e um espaço para cuidar dos que cuidam e também dos que não têm ninguém para os cuidar”, disse o padre Nuno dos Santos.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o reitor do Seminário Maior de Coimbra afirmou que “um dos maiores problemas” do coronavírus Covid-19 vai ser “o desgaste emocional, o desgaste afetivo, a solidão, a angústia, o medo, a incerteza”, onde cada dia “é uma sobrevivência”.

“Não poder abraçar, o não poder ter os que mais amamos connosco, não poder beijar, muitas vezes sentir a presença amiga e pronta. A própria comunidade cristã que não se pode reunir, não pode celebrar, muitos que não podem comungar”, exemplificou.

O padre Nuno dos Santos, que esta semana está no programa Ecclesia a falar de esperança, às 22h45, na rádio Antena 1, adianta que o ‘Hospital de Campanha Espiritual’ da Diocese de Coimbra conta com 30 sacerdotes que se disponibilizaram para “ouvir, escutar, acolher e acompanhar todos” que queiram contatá-los por telefone, email, Skype e WhatsApp.

“Ao longo destas semanas que este ‘Hospital de Campanha Espiritual’ está estruturado temos recebido não só contacto da nossa diocese mas também de outras dioceses: Já recebi de Lisboa, da Diocese de Leiria-Fátima, de Aveiro, e de outros lugares que vão contactando e agradecendo esta disponibilidade”, assinalou.

O reitor do Seminário Maior de Coimbra explica que a ideia desta iniciativa “para o tempo da pandemia e a presença da Igreja neste contexto” surgiu no grupo de leigos da equipa de Animação Pastoral desta instituição diocesana e contextualiza ainda que partiram também da ideia do Papa Francisco de “a Igreja precisa de ter capacidade de curar feridas e aquecer corações”.

No atual contexto de confinamento e estado de emergência, por causa do coronavírus Covid-19, as novas tecnologias também são motor de esperança e para o padre Nuno dos Santos “é inimaginável viver sem as redes sociais” este tempo e destaca “o potencial, a riqueza e a grandeza” destes instrumentos online.

“Tem sido possível continuar a celebrar a esperança e a viver a esperança, com limites, mas o hospital de campanha tem funcionado também noutros contextos e sem os Meios de Comunicação Social não seria possível. As transmissões das celebrações e das orações, tem sido um tempo bastante rico e nalguns aspetos tem sido um tempo ainda mais rico do que às vezes o quotidiano de algumas das nossas comunidades”, destacou o reitor do Seminário Maior de Coimbra.

LS/BC/PR

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